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Estudioso foi professor de espião russo
DE BRASÍLIA
Juan Lázaro, nos documentos, era um uruguaio
que morava em Nova York.
Interessava-se muito por temas relacionados à América Latina, como a guerrilha
na Colômbia e o grupo peruano Sendero Luminoso.
O brasilianista Anthony
Pereira foi professor, em
meados dos anos 90, no
New School College, do
agora conhecido espião russo, preso nos EUA em junho
com mais dez pessoas, sob a
acusação de espionagem.
"Sempre achei estranho um
uruguaio com um sotaque
daqueles, mas não havia
nada do que desconfiar."
O professor disse ter ficado surpreso quando viu a
notícia nos jornais e a implicação do ex-aluno no caso.
Após a prisão, Lázaro admitiu que não nasceu no
Uruguai e trabalhou para o
"serviço" -em referência à
SVR, sucessora da agência
de inteligência soviética
KGB. Ele também incriminou sua mulher, a jornalista
peruana Vicky Peláez, que
negou atuar como espiã.
"É uma grande ingenuidade dos serviços secretos
infiltrar uma pessoa na sociedade, como ocorreu com
o Lázaro, e achar que ele
trará informações. Ele não
tinha acesso a pessoas portadoras de informações",
afirma Pereira, que estudou
a CIA.
(LF)
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