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Tucanos lideram votação e mantêm Assembleia sob controle do governo
Casa tem funcionado como extensão das vontades do Executivo
DE SÃO PAULO
Os candidatos tucanos são
maioria no topo da lista dos
deputados estaduais mais
votados em São Paulo, o que
deve manter a vida tranquila
já experimentada pelo governador eleito Geraldo Alckmin (PSDB) na Assembleia.
Entre os mais votados estão Bruno Covas, Pedro Tobias, Fernando Capez e Barros Munhoz, todos do PSDB,
e Campos Machado (PTB),
alckmista de carteirinha.
Essas votações expressivas credenciam os tucanos,
por exemplo, para pleitear a
presidência da Casa, a ser
eleita na posse dos novos deputados, em 15 de março.
As boas votações dos tucanos também vão permitir ao
partido montar uma forte base de apoio ao novo governador, que, como em seus outros mandatos, não deve ter
dificuldades no Legislativo.
O histórico recente da Assembleia mostra que ela tem
funcionado apenas como extensão das vontades do governador da hora. Sob as administrações tucanas, foram
raras as "rebeliões" dos deputados contra o Executivo.
Na atual legislatura, por
exemplo, houve apenas um
momento de questionamento, no final do ano passado.
Governistas se juntaram à
oposição para derrubar uma
série de vetos do então governador José Serra (PSDB).
O movimento, no entanto,
serviu mais para que eles
marcassem posição, pois as
medidas aprovadas, como a
proibição de cobrança de assinaturas telefônicas por parte das operadoras, acabam
barradas judicialmente.
Todos os projetos caros
aos governadores foram
aprovados sem resistência.
Sem força, os deputados
estaduais paulistas chegaram a criar um órgão de atuação interna que batizaram de
Conselho de Defesa das Prerrogativas Parlamentares.
Um dos entusiastas da medida foi ninguém menos do
que Campos Machado, o ícone do governismo na Casa e
alckmista de longa data.
OPOSIÇÃO
Alckmin deve ter oposição
apenas de PT, PC do B, PSOL
e PDT, o que deve representar cerca de um terço da futura composição da Assembleia Legislativa paulista,
que tem 94 parlamentares.
Ter o controle da Assembleia Legislativa é importante para o governador não ter
dificuldades na aprovação
do Orçamento e outros projetos de lei de seu interesse,
além de evitar a montagem
de CPIs (comissões parlamentares de inquérito) que
investiguem possíveis irregularidades no governo.
Nos governos anteriores
de Alckmin, praticamente
não houve CPI. Recentemente, algumas foram abertas,
mas controladas com rédea
curta pelo governo de Serra.
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