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Alckmin já prepara resgate de projetos e de seus secretários
Governador eleito de São Paulo deve mudar políticas
adotadas pelos antecessores José Serra e Goldman
O ex-secretário da
Segurança Saulo de
Castro Abreu Filho é
um dos nomes cotados
para reassumir cargos
DE SÃO PAULO
A volta ao Palácio dos Bandeirantes com vitória no primeiro turno devolve Geraldo
Alckmin à linha de frente do
PSDB e poderá alçá-lo ao
posto de candidato à Presidência da República tanto
em 2014 como em 2018.
Pavimentar esse caminho,
porém, depende ainda do resultado dos próximos quatro
anos de sua administração
no Estado mais rico do país.
Os principais desafios de
Alckmin, que assumiu o governo pela primeira vez em
2001, após a morte do governador Mário Covas, e seguiu
no cargo até 2006, quando
disputou o Palácio do Planalto, são combater a criminalidade, melhorar o transporte
coletivo e investir fortemente
em saúde e educação.
Alckmin encerrou a campanha sem apresentar um
programa de governo, mas
deu sinais de que, para tentar
solucionar os problemas do
Estado, mudará algumas políticas adotadas por José Serra (PSDB) e Alberto Goldman
(PSDB), seus antecessores.
Na área de educação, por
exemplo, Alckmin deve retomar as políticas implantadas
em suas duas gestões anteriores, e modificadas depois
por Serra. Um exemplo é o
programa Escola da Família,
criado por Alckmin e "desinchado" pelo sucessor.
O secretário de Educação
de Alckmin em seu último
governo era Gabriel Chalita,
hoje no PSB. Ele não deverá
voltar ao cargo, mas seu adjunto na época, Paulo Alexandre Barbosa, é cotado para a pasta. Dificilmente Paulo
Renato Sousa, ex-ministro da
Educação, permanecerá.
Na área de segurança também devem ser feitas mudanças. Antonio Ferreira Pinto,
atual titular da pasta, é considerado "muito linha dura"
pela equipe de Alckmin.
VELHOS CONHECIDOS
Fala-se, inclusive, na volta
de Saulo de Castro Abreu Filho, secretário da Segurança
Pública sob Alckmin, na época em que o PCC, facção que
comanda os presídios do Estado, cresceu e se reforçou.
Também é dada como certa a volta de Jurandir Fernandes ao governo. Ele comandou a Secretaria de Transportes Metropolitanos, que será
extinta para dar lugar à nova
Secretaria de Desenvolvimento e Gestão Metropolitana. José Luiz Portella, secretário atual da área, é malvisto
pela equipe de Alckmin -por
alguns, é até odiado.
Com a volta de Fernandes,
é quase certo que vários projetos atualmente em andamento sejam modificados,
como o traçado da futura linha 6-laranja e os projetos de
monotrilhos das zonas leste,
sul e norte da capital.
Sidney Beraldo, coordenador da campanha de Alckmin, também é nome certo
no futuro governo, no comando da Casa Civil ou da
pasta de Gestão, que ele comandou sob Serra.
Andrea Matarazzo, secretário da Cultura, só não permanece no cargo se não quiser. Outro nome cotado para
a mesma área é o de Hubert
Alqueres, atual presidente
da Imprensa Oficial.
(EVANDRO SPINELLI)
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