São Paulo, segunda-feira, 04 de outubro de 2010

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Apoio de Lula não bastou para Hélio Costa

DE BELO HORIZONTE

O empenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foi capaz de evitar que seu candidato ao governo em Minas Gerais -Hélio Costa (PMDB), em aliança com o PT- fosse derrotado no primeiro turno. Pela terceira vez, Costa fracassou: ele havia sido candidato ao governo mineiro em 1990 e 1994.
Na busca dos votos do segundo maior colégio eleitoral do país, Lula fez três comícios no Estado com Dilma Rousseff (PT) e foi a estrela da campanha de Costa.
Porém, o ex-ministro de Lula nunca foi unânime entre os petistas mineiros porque sua candidatura foi imposta pelo PT nacional, com o aval de Lula, para viabilizar a aliança no país com o PMDB em torno de Dilma.
Responsável pelo Bolsa Família, o ex-ministro Patrus Ananias foi chamado a ser vice, também com apelo de Lula, para que parte do PT entrasse na campanha e a chapa ganhasse cara "social".
Nada disso adiantou, contudo. O senador Hélio Costa, cujo mandato termina em fevereiro, está agora dependente do PMDB para se manter em um cargo público caso Dilma vença a eleição para presidente da República.

VANTAGEM
Antes de a campanha eleitoral começar, Costa chegou a ter 26 pontos de vantagem sobre Antonio Anastasia (PSDB) e manteve a dianteira até meados de setembro.
O peemedebista passou a campanha tentando nacionalizar a disputa, dizendo que era essencial que o governador fosse alinhado ao governo federal, porque "a ajuda vem" quando isso acontece. Seu marqueteiro era Duda Mendonça.
O ex-governador Aécio Neves (PSDB) disse anteontem que a candidatura de Costa "afrontou Minas".
Ao longo da campanha, Costa foi se sustentando cada vez mais no PT à medida que o próprio PMDB desembarcava da campanha a cada ponto que Anastasia crescia.
Fernando Pimentel (PT), candidato ao Senado, nunca fez campanha ao lado de Costa e, na reta final, foi acusado por Patrus pela eventual derrota. O motivo: Pimentel ter se aliado a Aécio na eleição para prefeito de Belo Horizonte, em 2008.
Ontem, após votar, Costa criticou pesquisas que saem nas vésperas da eleição e fez uma avaliação da campanha: "Cumprimos o nosso dever". (PP e RV)


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