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Apoio de Lula não bastou para Hélio Costa
DE BELO HORIZONTE
O empenho do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva não
foi capaz de evitar que seu
candidato ao governo em Minas Gerais -Hélio Costa
(PMDB), em aliança com o
PT- fosse derrotado no primeiro turno. Pela terceira
vez, Costa fracassou: ele havia sido candidato ao governo mineiro em 1990 e 1994.
Na busca dos votos do segundo maior colégio eleitoral do país, Lula fez três comícios no Estado com Dilma
Rousseff (PT) e foi a estrela
da campanha de Costa.
Porém, o ex-ministro de
Lula nunca foi unânime entre os petistas mineiros porque sua candidatura foi imposta pelo PT nacional, com
o aval de Lula, para viabilizar
a aliança no país com o
PMDB em torno de Dilma.
Responsável pelo Bolsa
Família, o ex-ministro Patrus
Ananias foi chamado a ser vice, também com apelo de Lula, para que parte do PT entrasse na campanha e a chapa ganhasse cara "social".
Nada disso adiantou, contudo. O senador Hélio Costa,
cujo mandato termina em fevereiro, está agora dependente do PMDB para se manter em um cargo público caso
Dilma vença a eleição para
presidente da República.
VANTAGEM
Antes de a campanha eleitoral começar, Costa chegou
a ter 26 pontos de vantagem
sobre Antonio Anastasia
(PSDB) e manteve a dianteira
até meados de setembro.
O peemedebista passou a
campanha tentando nacionalizar a disputa, dizendo
que era essencial que o governador fosse alinhado ao
governo federal, porque "a
ajuda vem" quando isso
acontece. Seu marqueteiro
era Duda Mendonça.
O ex-governador Aécio Neves (PSDB) disse anteontem
que a candidatura de Costa
"afrontou Minas".
Ao longo da campanha,
Costa foi se sustentando cada
vez mais no PT à medida que
o próprio PMDB desembarcava da campanha a cada ponto que Anastasia crescia.
Fernando Pimentel (PT),
candidato ao Senado, nunca
fez campanha ao lado de
Costa e, na reta final, foi acusado por Patrus pela eventual derrota. O motivo: Pimentel ter se aliado a Aécio
na eleição para prefeito de
Belo Horizonte, em 2008.
Ontem, após votar, Costa
criticou pesquisas que saem
nas vésperas da eleição e fez
uma avaliação da campanha: "Cumprimos o nosso
dever".
(PP e RV)
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