HUDSON CORRÊA
ENVIADO ESPECIAL A SÃO LUÍS (MA)

No limite do número de votos (50% mais um) necessários para liquidar a disputa no primeiro turno, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), venceu.
Ela ganhou fôlego na reta final da apuração, quando ainda faltava apurar cerca de 15% das urnas concentradas no interior do Estado. Naquele momento, Roseana estava na casa de 37% dos votos.
No início da madrugada, com 99,54% das urnas apuradas, Roseana já tinha obtido 50,05% e seguia a tendência de alta. O deputado federal Flávio Dino (PC do B) estava com 29,50%. Em terceiro lugar, o ex-governador Jackson Lago (PDT) alcançava apenas 19,55%.
Eleito governador nas eleições passadas, Lago foi cassado pela Justiça Eleitoral, acusado de abuso de poder político. Com isso, Roseana a assumir o cargo em 2009.
Ao votar em uma escola na região central de São Luís, a governadora disse que "anda com os próprios pés" e não poder ser "desvirtuada" como "filha de uma grande liderança política" e "mulher nordestina".
Pai de Roseana, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), foi internado às 14h30 de sábado com arritmia cardíaca. O quadro foi revertido, mas novos exames na manhã de ontem mostraram que ele estava com pequena infiltração de água no pulmão.
No fim da tarde, Sarney recebeu a visita do senador Edison Lobão (PMDB-MA), candidato à reeleição vitorioso. A outra vaga no Senado ficou com João Alberto (PMDB). O presidente do Senado publicou ontem no jornal "O Estado do Maranhão", da família Sarney, publicou um texto na capa em que pede votos para Roseana.
"Ela merece ficar, com sua ajuda, seu voto, seu apoio", escreveu. Sobre o texto de Sarney, a procuradora regional Eleitoral, Carolina da Hora Mesquita, disse que vai "analisar se houve abuso em meios de comunicação".


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