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RIO GRANDE DO SUL
Após oito anos, PT gaúcho volta ao poder
Vitória de Tarso como governador veio após participação forte de Lula na campanha; eleito quer ajudar Dilma
"Acho que posso dar
boa colaboração para a
campanha presidencial
agora", declarou ele;
PMDB encolhe no RS
GRACILIANO ROCHA
DE PORTO ALEGRE
MARTÍN FERNANDEZ
ENVIADO ESPECIAL A PORTO ALEGRE
O ex-ministro Tarso Genro
(PT), 63, tornou-se ontem
o primeiro governador a ser
eleito no primeiro turno no
Rio Grande do Sul desde a
redemocratização.
Tarso declarou que agora
terá duas tarefas agora. Uma
delas será montar seu governo. A outra, dedicar-se à
campanha da petista Dilma
Rousseff no segundo turno
da eleição presidencial.
"Acho que eu posso dar
uma boa colaboração. Qual,
eu ainda não sei." Ele, porém, não quis avaliar a campanha presidencial do PT.
Em seu primeiro pronunciamento depois da apuração, Tarso afirmou que vai
"abrir" o governo para partidos que foram seus adversários na eleição. O primeiro alvo do ex-ministro será o PDT,
mas também o PP e o PTB serão chamados por ele.
DE VOLTA
A vitória de Tarso leva o PT
de volta ao comando do Estado, tradicional reduto petista, após oito anos na oposição. Com 100% das urnas
apuradas, ele conquistou
3.416.460 votos (54,35%).
O ex-prefeito de Porto Alegre José Fogaça (PMDB) recebeu ontem 1.554.836 votos
(24,74%), e a atual governadora Yeda Crusius (PSDB) teve 1.156.386 (18,40%).
Derrotado para o governo
em 2002, Tarso reconduz o
PT ao governo estadual depois de uma campanha eleitoral em que o presidente Lula se tornou protagonista.
Tarso explorou a ligação
com o presidente, que esteve
duas vezes em Porto Alegre
para comícios do ex-ministro, e o fato de ter ocupado
quatro ministérios (Conselho
de Desenvolvimento Econômico e Social, Educação, Articulação Política e Justiça).
O PMDB sai das urnas como o grande derrotado da
eleição do Rio Grande do Sul.
Pela primeira vez desde
1990, os gaúchos não elegeram um peemedebista para
qualquer cargo majoritário
(governador ou senador).
Além de não eleger o ex-
-governador Germano Rigotto ao Senado, o PMDB acabou perdendo ainda o comando da Prefeitura de Porto
Alegre devido à renúncia de
Fogaça -assumiu o lugar dele José Fortunati (PDT).
Surpresa na eleição de
2006, o PSDB encolheu com
Yeda Crusius. Depois de sucessivas crises e denúncias
de corrupção que debilitaram sua gestão, a primeira
mulher a governar o Estado
sulista foi abatida pela tradição do eleitor gaúcho de não
reeleger governador.
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