São Paulo, segunda-feira, 04 de outubro de 2010

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PERNAMBUCO

Eduardo Campos se reelege com recorde de votos no Estado

Atual governador teve 2,8 milhões de votos a mais do que Jarbas Vasconcelos (PMDB)

FÁBIO GUIBU
DE RECIFE

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), 45, foi reeleito ontem com o maior percentual de votos já registrado no Estado para o cargo. Foi também o que obteve a vitória mais elástica entre os que disputaram os governos no país.
Com 99,85% das urnas apuradas, Campos havia conquistado 82,83% dos votos válidos, contra 14,06% do seu principal adversário, Jarbas Vasconcelos (PMDB).
A reeleição de Campos, com 2,8 milhões de votos a mais que Jarbas, também representa uma vitória pessoal para o governador, que foi apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em 1998, seu avô Miguel Arraes (1916-2005), que à época também era candidato à reeleição, foi derrotado por Jarbas por uma diferença de 1,06 milhão de votos.
Jarbas é um dos maiores críticos do governo Lula no Congresso. Com mais quatro anos de mandato no Senado, o peemedebista não pretendia disputar a eleição, mas foi convencido pelo presidenciável do PSDB, José Serra, que precisava de um palanque forte no Estado.
Ex-ministro da Ciência e Tecnologia, Campos negou qualquer sentimento de vingança com a vitória. Declarou que já "virou a página".
"Nunca aprendi com o doutor Arraes a ter ódio", afirmou. "Quero perdoar todos os ataques que recebi na campanha e na minha vida pública. Ninguém constrói futuro com ódio no coração."
Campos lembrou que a mesma frente já havia vencido esses adversários em 2006 com uma votação que foi superada apenas nesta eleição. "Sabíamos que a vitória poderia ser desse tamanho, porque o apoio que recebemos era desse tamanho."
Sobre o resultado da eleição presidencial, o governador afirmou que os governistas estão "preparados para ganhar tanto no primeiro quanto no segundo turno".
"Falei com Dilma hoje [ontem] e vamos nos reunir com ela amanhã [hoje], em Brasília", disse. "Estamos tranquilos e inteiramente preparados para o debate", declarou.
Ontem, após votar, Campos já havia declarado que o segundo turno era uma possibilidade. Disse também que a reeleição não o levaria a antecipar eventuais mudanças no secretariado.
De acordo com ele, sua equipe o ajudou na eleição e as alterações serão discutidas somente em dezembro.


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