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PERNAMBUCO
Eduardo Campos se reelege com recorde de votos no Estado
Atual governador teve 2,8 milhões de votos a mais do que Jarbas Vasconcelos (PMDB)
FÁBIO GUIBU
DE RECIFE
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos
(PSB), 45, foi reeleito ontem
com o maior percentual de
votos já registrado no Estado
para o cargo. Foi também o
que obteve a vitória mais
elástica entre os que disputaram os governos no país.
Com 99,85% das urnas
apuradas, Campos havia
conquistado 82,83% dos votos válidos, contra 14,06% do
seu principal adversário, Jarbas Vasconcelos (PMDB).
A reeleição de Campos,
com 2,8 milhões de votos a
mais que Jarbas, também representa uma vitória pessoal
para o governador, que foi
apoiado pelo presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.
Em 1998, seu avô Miguel
Arraes (1916-2005), que à
época também era candidato
à reeleição, foi derrotado por
Jarbas por uma diferença de
1,06 milhão de votos.
Jarbas é um dos maiores
críticos do governo Lula no
Congresso. Com mais quatro
anos de mandato no Senado,
o peemedebista não pretendia disputar a eleição, mas
foi convencido pelo presidenciável do PSDB, José Serra, que precisava de um palanque forte no Estado.
Ex-ministro da Ciência e
Tecnologia, Campos negou
qualquer sentimento de vingança com a vitória. Declarou que já "virou a página".
"Nunca aprendi com o
doutor Arraes a ter ódio",
afirmou. "Quero perdoar todos os ataques que recebi na
campanha e na minha vida
pública. Ninguém constrói
futuro com ódio no coração."
Campos lembrou que a
mesma frente já havia vencido esses adversários em 2006
com uma votação que foi superada apenas nesta eleição.
"Sabíamos que a vitória poderia ser desse tamanho,
porque o apoio que recebemos era desse tamanho."
Sobre o resultado da eleição presidencial, o governador afirmou que os governistas estão "preparados para
ganhar tanto no primeiro
quanto no segundo turno".
"Falei com Dilma hoje [ontem] e vamos nos reunir com
ela amanhã [hoje], em Brasília", disse. "Estamos tranquilos e inteiramente preparados para o debate", declarou.
Ontem, após votar, Campos já havia declarado que o
segundo turno era uma possibilidade. Disse também
que a reeleição não o levaria
a antecipar eventuais mudanças no secretariado.
De acordo com ele, sua
equipe o ajudou na eleição e
as alterações serão discutidas somente em dezembro.
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