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DISTRITO FEDERAL
Agnelo e mulher de Roriz vão ao 2º turno
Mensalão e desempenho de Marina no Estado tiram votos do petista
Candidata do PSC teve 31% dos votos e agora tem de superar deslizes da campanha e acusação de fraude
FILIPE COUTINHO
DE BRASÍLIA
Foi graças à "onda verde"
e ao escândalo do mensalão
do DEM que o petista Agnelo
Queiroz não ganhou a eleição no Distrito Federal no
primeiro turno, faltando apenas 22 mil votos.
Queiroz teve 48,4% dos
votos válidos e disputará o
posto com Weslian Roriz
(PSC), mulher de Joaquim
Roriz que assumiu a campanha há dez dias e teve 31%.
O resultado deve-se menos
à campanha de Weslian e
mais aos votos de Toninho do
PSOL, com 14%, e Eduardo
Brandão (PV), com 5%.
Em comum, ambos fizeram campanhas com duras
críticas a Roriz e Agnelo, que
têm em suas chapas aliados
do ex-governador José Roberto Arruda, acusado de ser
o chefe do mensalão do DEM
e que foi vaiado ao votar.
Toninho e Brandão começaram a eleição com 1% dos
votos. Toninho tirou votos de
Agnelo ao dizer que Arruda e
Roriz continuariam no governo por conta do vice do petista, Tadeu Filippelli (PMDB)
-que participou dos governadores anteriores.
Brandão, por sua vez, conseguiu surpreender com 5%
dos votos graças ao desempenho da presidenciável Marina Silva (PV). O DF foi o único Estado em que ela venceu,
com 41% dos votos.
Na campanha, Agnelo tentou emplacar o "time da mudança" e grudar na imagem
do presidente Lula.
A estratégia agora é polarizar contra a família Roriz.
"Vamos polarizar o progressismo contra o atraso", afirmou, num comício esvaziado
após o resultado.
Enquanto isso, a novata
Weslian se resumiu a tentar
garantir nos dez dias de campanha o espólio do marido,
Joaquim Roriz, barrado pela
Lei da Ficha Limpa.
Agora, tentará reverter a
campanha marcada por deslizes nos debates, quando
chegou a dizer que iria defender "toda aquela corrupção".
Weslian pode ter que enfrentar mais uma batalha no
Tribunal Superior Eleitoral.
Classificada como "fraude, escárnio e candidata-laranja" pela procuradoria
eleitoral, Weslian teve vitória
apertada na Justiça Eleitoral
do DF e o Ministério Público
tem três dias recorrer.
Para o Senado, foram eleitos Rodrigo Rollemberg
(PSB) e Cristovam Buarque
(PDT), aliados de Agnelo
Queiroz. Tiveram 33% e 37%
dos votos, respectivamente.
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