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Se Lula indicar, favela vota "até em cachorro"
ELVIRA LOBATO
DO RIO
A Rocinha, maior favela
do país, retribuiu os R$
231,2 milhões de investimentos do PAC (Programa
de Aceleração do Crescimento) com votos nos candidatos de Lula.
"Se Lula indicasse um
cachorro, a gente votaria
no cachorro", disse Leonardo Rodrigues Lima, 46,
presidente da associação
de moradores do local.
Ele acha que Dilma deve
ter recebido 70% dos votos
da Rocinha. "Os candidatos que Lula abraçou estão
se dando bem", disse, se
referindo ao governador
Sérgio Cabral (PMDB) e a
Lindberg Farias (PT) e a
Marcelo Crivella (PRB),
candidatos ao Senado.
A Rocinha tem 100 mil
moradores. A população é
predominantemente de
migrantes nordestinos e
seus descendentes, como
o pedreiro Agrinaldo Salustiano, 33, analfabeto.
Na favela, se casou com
a balconista Eliete Souza
da Silva, 27, e teve uma filha. Com renda mensal de
R$ 1.500, reformou a casa,
comprou geladeira, duas
TVs de plasma, fogão, micro-ondas e computador
durante o governo Lula.
O estudante Wagner da
Silva, 22, e o porteiro José
Vicente de Souza, 58, estão entre a minoria que declarou não votar em Dilma. "Acho que só tem ladrão na política, mas votei
no PV", disse o jovem.
Já o porteiro disse ter votado em Serra (PSDB), embora critique a proposta de
salário mínimo de R$ 600.
"Se aumentar o salário, as
coisas vão encarecer."
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