São Paulo, terça-feira, 05 de outubro de 2010

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Serra foca cinturão de resistência tucano

Agenda priorizará Minas, São Paulo e Paraná; nova marca publicitária será "Serra é do bem", mirando classe C

Tucano pede aos aliados que adiem as férias e se mobilizem para a nova fase; debates com Dilma são vistos como centrais

CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, definiu ontem os dois pilares da estratégia que usará no segundo turno para tentar superar Dilma Rousseff (PT): concentrar esforços nos Estados onde o PSDB elegeu governadores e adotar um slogan mais popular.
A agenda de Serra será focada em São Paulo, Minas Gerais e Paraná, Estados que tiveram tucanos eleitos no primeiro turno. Ontem, Serra esteve com Aécio Neves em Minas, mas a morte do pai do senador eleito atrasou o início efetivo da campanha.
Por determinação do candidato, o comando de campanha tem até o fim desta semana para levar às ruas novo material de propaganda.
Com o slogan "Serra é do bem", uma reedição de sua bem-sucedida campanha à Prefeitura de São Paulo em 2004, o tucano tentará atrair o eleitorado de baixa renda e o público evangélico - em boa parte simpatizante da verde Marina Silva.
A estratégia já é adotada em dois novos jingles. Num deles, a intenção é neutralizar o medo de extinção de programas sociais, como o Bolsa Família. "Para o Brasil andar pra frente/ não tenha medo não/ ", diz o jingle, acrescentando que "o cara é bom/ e é do bem".
Outro jingle lista ações de Serra, como o genérico e mutirão, numa tentativa de apresentar um candidato que trabalha para os mais humildes, "para cuidar de quem precisa". Serra, diz o jingle, "cuida do idoso, da gestante e do neném".
O comando da campanha também prepara material para comparação de biografia com a adversária Dilma Rousseff. Outra peça publicitária vai explorar a ideia de que o tucano "não tem padrinho, nem precisa de patrão".
Apesar da mudança de slogan, as fotos e cores do material serão mantidas.
Ontem, em viagem a Minas, Serra disparou telefonemas, pedindo que nenhum de seus aliados tire férias.
"Ficarei em São Paulo até o dia 31. As férias estão proibidas", afirmou Ronaldo Cezar Coelho (RJ).
Em uma tentativa de dar uma demonstração de unidade, o comando tucano se reunirá amanhã em São Paulo para dar a largada oficial do segundo turno.
Além do presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, e do deputado Jutahy Magalhães (BA), o presidente nacional do DEM, Rodrigo Maia, irá a São Paulo e se integrará à coordenação.
"Temos que nos unir", conclamou o senador eleito Aloysio Nunes Ferreira, que acompanhou Serra a Belo Horizonte, para o velório de Aécio Cunha, pai de Aécio.
Como tem pressa, Serra desautorizou qualquer acordo que adiasse o início da propaganda eleitoral, esperado para quinta-feira.
Ao todo, serão 25 dias de horário eleitoral, com sete minutos e meio diários de inserção para cada candidato.


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