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Trabalho na Casa é retomado com ataque de oposicionistas a Lula
GABRIELA GUERREIRO
NANCY DUTRA
DE BRASÍLIA
Depois de três meses em
"recesso branco" durante a
campanha eleitoral, o Senado retomou ontem seus trabalhos com ataques da oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao abrigar senadores da
oposição derrotados nas urnas, a Casa pode se transformar até o final do ano em palco para críticas do DEM e
PSDB ao governo federal.
Derrotado na disputa pelo
governo de Pernambuco, o
senador Jarbas Vasconcellos
(PMDB-PE) disse que Lula se
transformou em um "chefe
de uma facção" liderada pela
candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. O peemedebista conseguiu apenas
14% dos votos contra 82% recebidos pelo adversário,
Eduardo Campos (PSB)
-reeleito governador.
"No Brasil, existem muitas
facções, muitas deletérias, e
isso talvez tenha mexido com
a cabeça dele por ver pessoas
comandando com entusiasmo uma facção em vez de se
conduzir como presidente."
O senador Demóstenes
Torres (DEM-GO), que conseguiu se reeleger, disse que
Lula tentou protagonizar um
"massacre" da oposição ao
entrar de cabeça na campanha eleitoral, numa postura
antidemocrática.
Ao lembrar que Lula tem
90% de popularidade em
Pernambuco, Jarbas disse
que o atual momento "vai
passar" para que a oposição
resgate seu espaço
RECESSO
Ao contrário do Senado, a
Câmara prolongará o "recesso branco" até o segundo turno, no dia 31, sem a realização de sessões deliberativas
(com votações em plenário).
O vice-presidente da Casa,
Marco Maia (PT-RS), atuará
interinamente na presidência da Casa no período, pois o
atual presidente, Michel Temer (PMDB-SP), se dedicará
à campanha de Dilma.
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