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Julgamento de recurso da Folha sobre o caso Dilma é suspenso
Em sessão acalorada, ministra pede vista para analisar pedido
DE BRASÍLIA
Um pedido de vista (tempo
para analisar melhor o processo) interrompeu ontem o
julgamento do mandado de
segurança protocolado pela
Folha para ter acesso, no
STM (Superior Tribunal Militar), aos autos do processo
que levou a candidata do PT
à Presidência, Dilma Rousseff, à prisão durante a ditadura (1964-1985).
Após mais de duas horas
de debate entre ministros do
STM, com divergências sobre
liberdade de imprensa e direito à privacidade, a ministra Maria Elizabeth Rocha
disse precisar "de mais informações" e pediu a suspensão do julgamento.
O julgamento estava empatado em 2 a 2 quando foi
paralisado -13 ministros
analisam o caso. Antes, os
ministros Marcos Martins
Torres, relator, e José Coêlho
Ferreira, haviam discutido
asperamente. Torres negou a
liminar e questionou as intenções da Folha.
"Talvez não seja propriamente o de informar, mas
possivelmente o de criar um
fato político às vésperas das
eleições", disse. Coêlho defendeu o mandado. "Será
que não estamos exercendo
uma pequena censura?".
A advogada Taís Gasparian, defensora da Folha, espera que o julgamento continue em poucos dias: "O pedido de vista vai contribuir para a decisão da questão. Tenho confiança de que o tribunal vai proferir a decisão em
tempo hábil de informar o cidadão, antes do segundo turno." No recurso, a Folha havia justificado a necessidade
do acesso agora para que os
leitores tivessem conhecimento do passado de Dilma.
No dia 17 de agosto, a Folha revelou que o processo
sobre a petista estava trancado em cofre no STM. O material foi retirado dos arquivos
e mantido em sigilo por decisão do presidente do tribunal, Carlos Alberto Marques
Soares, que diz querer evitar
o uso político do material.
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