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Para PT-SP, acusações causaram 2º turno
Presidente do partido no Estado diz que caso Erenice e polêmica sobre aborto foram determinantes nas urnas
Edinho Silva afirma que acusações no governo federal interromperam também a trajetória
de Mercadante em SP
DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO
Presidente do PT em São
Paulo e integrante da coordenação da campanha de Dilma Rousseff à Presidência,
Edinho Silva admite que acusações contra Erenice Guerra, ex-ministra da Casa Civil,
e polêmicas quanto à posição
da petista sobre aborto foram
determinantes para o segundo turno nessas eleições.
Em entrevista à Folha, o
petista defendeu um debate
"transparente" sobre as polêmicas que marcaram a primeira fase da disputa eleitoral à Presidência.
Para Edinho, a associação
entre o caso Erenice e os escândalos do mensalão, em
2005, e dos aloprados, em
2006, prejudicou as campanhas de Dilma e do senador
petista Aloizio Mercadante,
derrotado na disputa pelo governo de São Paulo.
"O problema é que nós carregamos uma herança, que
são as crises de 2005 e 2006, e
só o tempo e os acertos do PT vão diminuir essa herança.
Ela só não é mais maléfica
por conta do êxito do governo Lula. Foi ele quem resgatou o PT, nos deu a segunda
chance", afirmou o presidente estadual do PT.
Edinho também disse que
não minimiza os efeitos da
onda de boatos sobre posição de Dilma sobre o aborto.
"Acho que fez um estrago
significativo. Os dois fatores
[acusações de corrupção na
Casa Civil e polêmica sobre
aborto] influenciaram na
mudança de voto", avaliou o petista.
"O Brasil é um país de tradição católica, e onde os setores evangélicos crescem
muito. Isso percorreu a internet e chegou na nossa base
social. Além de, principalmente por meio do catolicismo, nos setores médios. A
boataria pegou duas pontas: o eleitor que estava se aproximando e o que já era nosso."
Coordenador da campanha de Dilma, ele dá o tom de
como será o discurso da candidata petista para reverter a
perda de votos, deflagrada nas últimas semanas da campanha na primeira fase das eleições.
"No caso Erenice, precisamos explicar que o problema
está na postura do governante diante da denúncia. Ela
[Dilma] sempre vai investigar
e punir. Sobre o aborto, é um
debate fácil de desfazer, porque ele está montado em
uma mentira", afirmou.
FOLHA.com
Leia a entrevista com Edinho Silva na íntegra
folha.com.br/po810374
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