São Paulo, quarta-feira, 06 de outubro de 2010

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Para PT-SP, acusações causaram 2º turno

Presidente do partido no Estado diz que caso Erenice e polêmica sobre aborto foram determinantes nas urnas

Edinho Silva afirma que acusações no governo federal interromperam também a trajetória de Mercadante em SP

DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

Presidente do PT em São Paulo e integrante da coordenação da campanha de Dilma Rousseff à Presidência, Edinho Silva admite que acusações contra Erenice Guerra, ex-ministra da Casa Civil, e polêmicas quanto à posição da petista sobre aborto foram determinantes para o segundo turno nessas eleições.
Em entrevista à Folha, o petista defendeu um debate "transparente" sobre as polêmicas que marcaram a primeira fase da disputa eleitoral à Presidência. Para Edinho, a associação entre o caso Erenice e os escândalos do mensalão, em 2005, e dos aloprados, em 2006, prejudicou as campanhas de Dilma e do senador petista Aloizio Mercadante, derrotado na disputa pelo governo de São Paulo.
"O problema é que nós carregamos uma herança, que são as crises de 2005 e 2006, e só o tempo e os acertos do PT vão diminuir essa herança.
Ela só não é mais maléfica por conta do êxito do governo Lula. Foi ele quem resgatou o PT, nos deu a segunda chance", afirmou o presidente estadual do PT.
Edinho também disse que não minimiza os efeitos da onda de boatos sobre posição de Dilma sobre o aborto.
"Acho que fez um estrago significativo. Os dois fatores [acusações de corrupção na Casa Civil e polêmica sobre aborto] influenciaram na mudança de voto", avaliou o petista.
"O Brasil é um país de tradição católica, e onde os setores evangélicos crescem muito. Isso percorreu a internet e chegou na nossa base social. Além de, principalmente por meio do catolicismo, nos setores médios. A boataria pegou duas pontas: o eleitor que estava se aproximando e o que já era nosso."
Coordenador da campanha de Dilma, ele dá o tom de como será o discurso da candidata petista para reverter a perda de votos, deflagrada nas últimas semanas da campanha na primeira fase das eleições.
"No caso Erenice, precisamos explicar que o problema está na postura do governante diante da denúncia. Ela [Dilma] sempre vai investigar e punir. Sobre o aborto, é um debate fácil de desfazer, porque ele está montado em uma mentira", afirmou.

FOLHA.com
Leia a entrevista com Edinho Silva na íntegra
folha.com.br/po810374


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