DE BELÉM - Apesar das rusgas com o governo estadual nos últimos anos, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) fará, como em 2006, campanha para a reeleição da governadora Ana Júlia Carepa (PT).
Segundo Charles Trocate, um dos líderes do movimento no Pará, a militância deve se acentuar neste segundo turno. O MST buscará votos inclusive fora dos acampamentos.
"Nós atravessamos 12 anos de PSDB aqui. Foi muito ruim. A pauta foi negligenciada, e a resposta foi violência, que resultou no massacre de Eldorado dos Carajás", diz Trocate.
Ele se refere ao assassinato, em 1996, de 19 sem-terra por policiais militares. O governador na ocasião era Almir Gabriel, que neste ano saiu do PSDB e apoiou o candidato do PMDB ao Estado.
Para o líder, no governo de Ana Júlia "também não houve avanço nenhum na política agrária", mas "a relação entre os movimentos sociais e o governo foi para outro patamar". (JOÃO CARLOS MAGALHÃES)


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