São Paulo, sábado, 12 de junho de 2010

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PDT faz convenção hoje sem ter nome para vice de Mercadante

No PT, volta expectativa por chapa puro-sangue, com Suplicy

DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

O PDT realiza hoje sua convenção em São Paulo sem apontar o nome que indicará para compor como vice na chapa encabeçada pelo senador Aloizio Mercadante (PT-SP) na corrida pelo governo do Estado.
Um racha dividiu líderes da legenda sobre quem deveria ser o escolhido. Com isso, cresceu dentro do PT a expectativa de que uma chapa puro-sangue, com Mercadante e o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) como vice, possa voltar a ser negociada.
Na convenção, o PDT vai formalizar a aliança com o PT e autorizar a Executiva do partido a fazer uma indicação para vice até a data da convenção petista, marcada para o próximo dia 26.
Com mais tempo para negociar, a avaliação de integrantes dos dois partidos é a de que o PT possa convencer o PDT a abdicar da vice.
Na última quinta, quando cumpriu agenda na cidade de Suzano (SP), Mercadante voltou a cogitar a possibilidade da chapa puro-sangue.
Disse que o nome de Suplicy não estava descartado, mas que tudo seria negociado com os partidos aliados, entre eles o PDT.

OPÇÕES
Hoje, dois nomes disputam a preferência da cúpula pedetista para compor como vice de Mercadante.
O presidente da sigla em São Paulo, deputado federal Paulinho da Força, indicou o deputado estadual Major Olímpio (PDT-SP) para a vaga. O nome, no entanto, esbarrou no ministro Carlos Lupi (Trabalho), presidente nacional licenciado do partido.
Lupi diz que Olímpio não tem tradição na sigla. O deputado migrou do PV para o PDT em outubro de 2009.
Outra corrente pedetista defende o nome de Manoel Antunes, ex-prefeito de São José do Rio Preto (SP). Esse não esbarra na oposição de Lupi, mas não empolga o PT.
Enquanto a disputa no PDT e negociações com o PT não permitem definição, Suplicy e Olímpio tentam chamar a atenção do eleitorado.
Desde que estourou a greve dos servidores do Judiciário em São Paulo, por exemplo, Major Olímpio colocou-se como mediador. O posicionamento do deputado irritou o governo, que viu na atitude do pedetista uma tentativa de usar a greve como palanque eleitoral.
Na última quarta-feira, quando servidores invadiram o Fórum João Mendes, na capital paulista, a presença de Olímpio se acentuou.
Ontem, no entanto, quando os servidores que ocupavam o órgão decidiram sair, o pedetista se viu obrigado a ceder o lugar de destaque nas negociações a Suplicy.
O senador desembarcou em São Paulo e foi discursar no fórum. Suplicy não quis falar sobre a possibilidade de disputar o governo ao lado de Mercadante.


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