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PDT faz convenção hoje sem ter nome para vice de Mercadante
No PT, volta expectativa por chapa puro-sangue, com Suplicy
DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO
O PDT realiza hoje sua
convenção em São Paulo
sem apontar o nome que indicará para compor como vice na chapa encabeçada pelo
senador Aloizio Mercadante
(PT-SP) na corrida pelo governo do Estado.
Um racha dividiu líderes
da legenda sobre quem deveria ser o escolhido. Com isso,
cresceu dentro do PT a expectativa de que uma chapa
puro-sangue, com Mercadante e o senador Eduardo
Suplicy (PT-SP) como vice,
possa voltar a ser negociada.
Na convenção, o PDT vai
formalizar a aliança com o PT
e autorizar a Executiva do
partido a fazer uma indicação para vice até a data da
convenção petista, marcada
para o próximo dia 26.
Com mais tempo para negociar, a avaliação de integrantes dos dois partidos é a
de que o PT possa convencer
o PDT a abdicar da vice.
Na última quinta, quando
cumpriu agenda na cidade
de Suzano (SP), Mercadante
voltou a cogitar a possibilidade da chapa puro-sangue.
Disse que o nome de Suplicy não estava descartado,
mas que tudo seria negociado com os partidos aliados,
entre eles o PDT.
OPÇÕES
Hoje, dois nomes disputam a preferência da cúpula
pedetista para compor como
vice de Mercadante.
O presidente da sigla em
São Paulo, deputado federal
Paulinho da Força, indicou o
deputado estadual Major
Olímpio (PDT-SP) para a vaga. O nome, no entanto, esbarrou no ministro Carlos Lupi (Trabalho), presidente nacional licenciado do partido.
Lupi diz que Olímpio não
tem tradição na sigla. O deputado migrou do PV para o
PDT em outubro de 2009.
Outra corrente pedetista
defende o nome de Manoel
Antunes, ex-prefeito de São
José do Rio Preto (SP). Esse
não esbarra na oposição de
Lupi, mas não empolga o PT.
Enquanto a disputa no
PDT e negociações com o PT
não permitem definição, Suplicy e Olímpio tentam chamar a atenção do eleitorado.
Desde que estourou a greve dos servidores do Judiciário em São Paulo, por exemplo, Major Olímpio colocou-se como mediador. O posicionamento do deputado irritou
o governo, que viu na atitude
do pedetista uma tentativa
de usar a greve como palanque eleitoral.
Na última quarta-feira,
quando servidores invadiram o Fórum João Mendes,
na capital paulista, a presença de Olímpio se acentuou.
Ontem, no entanto, quando os servidores que ocupavam o órgão decidiram sair, o
pedetista se viu obrigado a
ceder o lugar de destaque nas
negociações a Suplicy.
O senador desembarcou
em São Paulo e foi discursar
no fórum. Suplicy não quis
falar sobre a possibilidade de
disputar o governo ao lado
de Mercadante.
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