São Paulo, domingo, 12 de dezembro de 2010

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OUTRO LADO

Uso de emendas é para valorizar projetos, diz pasta

DE BRASÍLIA

O Ministério da Cultura afirmou, em nota à Folha, que a estratégia da pasta para emendas parlamentares tem sido pautada "pela valorização de projetos estruturantes ou continuados".
O ministério informou que desde 2007 produz cartilhas informando aos parlamentares sobre as ações da pasta.
Questionada pela reportagem, a pasta não se manifestou sobre como irá lidar com possíveis cortes no Orçamento do próximo ano.

BANDEIRA
O aumento do orçamento da Cultura foi uma das principais bandeiras da gestão do ministro Juca Ferreira. Ao assumir o cargo no lugar de Gilberto Gil, em 2008, ele defendeu que a Cultura obtivesse pelo menos 1% do Orçamento da União.
Também chegou à Esplanada pedindo 1% dos recursos oriundos da exploração de petróleo e gás da camada do pré-sal para a Cultura. E foi bem-sucedido.
No fim do ano passado, Ferreira convenceu o governo a incluir o setor entre os beneficiados pelo fundo social do pré-sal.
Agora, o ministro faz campanha para permanecer no cargo na gestão de Dilma Rousseff. Desde o fim das eleições, diversos nomes têm despontado para a vaga, que em geral não é tão disputada em função do baixo orçamento da pasta.
Há dez dias, Ferreira convocou cadeia de rádio e TV para dizer que "a cultura brasileira está vivendo um de seus melhores momentos".
A imagem do ministério, porém, ficou chamuscada após o recente escândalo em torno de emendas para entidades fantasmas. E a capacidade da pasta de distribuir recursos e fiscalizar repasses está sendo questionada.


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