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Vice de Cabral assume campanha na rua
Lesionado e na frente nas pesquisas, governador entrega a Pezão o corpo a corpo
ITALO NOGUEIRA
DO RIO
Com distância confortável
dos adversários nas pesquisas e recuperando-se de uma
cirurgia no joelho, o governador Sérgio Cabral (PMDB),
candidato à reeleição, delegou ao seu vice, Luiz Fernando de Souza, o Pezão
(PMDB), o corpo a corpo.
Gerente do PAC (Programa
de Aceleração do Crescimento) e ex-secretário de Obras
no Estado, Pezão apareceu
até no horário eleitoral, com
o presidente Lula elogiando
seus projetos para o Estado.
Tido como a "Dilma de Cabral", o vice defende, em
suas caminhadas, a eleição
da candidata do PT e Cabral
para manter a parceria dos
governos estadual e federal.
"O Cabral está sem poder
andar. Estou tentando substituir o insubstituível para
trazer o compromisso de continuar a ajudar as cidades",
discursou Pezão ao microfone numa praça de Queimados, na Baixada Fluminense.
Ex-presidente da associação de prefeitos do Rio, Pezão tem alta popularidade
entre os mandatários do interior. Secretário de Obras na
gestão Cabral, era o responsável pela liberação de verbas para os municípios.
Nas cidades, Pezão caminha por 40 minutos ao lado
do prefeito -Cabral tem o
apoio de 91 dos 92 do Estado- e candidatos.
"Cabral decidiu que só faria campanha fora do horário
de trabalho. Eu posso. Alguém tem que fazer campanha.", disse Pezão.
A Procuradoria Regional
da República afirma que, a
princípio, ele pode fazer
campanha no horário do expediente, desde que não use
a máquina do governo.
Cabral limitou sua agenda
a encontros em locais fechados. Alega dificuldade de locomoção em razão da operação no joelho. Mas a folgada
liderança nas intenções de
voto dão tranquilidade para
manter a agenda serena.
Ex-secretário de Governo
de Rosinha, hoje adversária
de Cabral junto com o marido, o ex-governador Anthony Garotinho, Pezão tentou reaproximar os dois grupos. Ele afirma que Garotinho pediu para que rompesse com o governo 40 dias
após o início do mandato, o
que recusou.
O vice tem a preferência de
Cabral para a sucessão, caso
reeleito, em 2014. Pezão rejeita a preferência e o rótulo de
"Dilma do Cabral". Diz preferir os bastidores e as obras.
"O Sérgio tem diversas Dilmas. Tem o Régis [Fichtner,
ex-chefe da Casa Civil] que
trabalha muito. O Wilson
Carlos [ex-secretário de Governo], o [secretário de Segurança José Mariano] Beltrame, mais importantes do que
eu. [...] Já cheguei muito longe. Meu maior sonho era ser
prefeito da minha cidade [Piraí], e fui. O que vier é lucro."
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