São Paulo, segunda-feira, 13 de setembro de 2010

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Vice de Cabral assume campanha na rua

Lesionado e na frente nas pesquisas, governador entrega a Pezão o corpo a corpo

ITALO NOGUEIRA
DO RIO

Com distância confortável dos adversários nas pesquisas e recuperando-se de uma cirurgia no joelho, o governador Sérgio Cabral (PMDB), candidato à reeleição, delegou ao seu vice, Luiz Fernando de Souza, o Pezão (PMDB), o corpo a corpo.
Gerente do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e ex-secretário de Obras no Estado, Pezão apareceu até no horário eleitoral, com o presidente Lula elogiando seus projetos para o Estado.
Tido como a "Dilma de Cabral", o vice defende, em suas caminhadas, a eleição da candidata do PT e Cabral para manter a parceria dos governos estadual e federal.
"O Cabral está sem poder andar. Estou tentando substituir o insubstituível para trazer o compromisso de continuar a ajudar as cidades", discursou Pezão ao microfone numa praça de Queimados, na Baixada Fluminense.
Ex-presidente da associação de prefeitos do Rio, Pezão tem alta popularidade entre os mandatários do interior. Secretário de Obras na gestão Cabral, era o responsável pela liberação de verbas para os municípios.
Nas cidades, Pezão caminha por 40 minutos ao lado do prefeito -Cabral tem o apoio de 91 dos 92 do Estado- e candidatos.
"Cabral decidiu que só faria campanha fora do horário de trabalho. Eu posso. Alguém tem que fazer campanha.", disse Pezão.
A Procuradoria Regional da República afirma que, a princípio, ele pode fazer campanha no horário do expediente, desde que não use a máquina do governo.
Cabral limitou sua agenda a encontros em locais fechados. Alega dificuldade de locomoção em razão da operação no joelho. Mas a folgada liderança nas intenções de voto dão tranquilidade para manter a agenda serena.
Ex-secretário de Governo de Rosinha, hoje adversária de Cabral junto com o marido, o ex-governador Anthony Garotinho, Pezão tentou reaproximar os dois grupos. Ele afirma que Garotinho pediu para que rompesse com o governo 40 dias após o início do mandato, o que recusou.
O vice tem a preferência de Cabral para a sucessão, caso reeleito, em 2014. Pezão rejeita a preferência e o rótulo de "Dilma do Cabral". Diz preferir os bastidores e as obras.
"O Sérgio tem diversas Dilmas. Tem o Régis [Fichtner, ex-chefe da Casa Civil] que trabalha muito. O Wilson Carlos [ex-secretário de Governo], o [secretário de Segurança José Mariano] Beltrame, mais importantes do que eu. [...] Já cheguei muito longe. Meu maior sonho era ser prefeito da minha cidade [Piraí], e fui. O que vier é lucro."


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