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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010
PSDB lança Alckmin no ataque ao PT e a Dilma
"Quem quer dirigir o Brasil não pode
andar na garupa", afirma tucano
Lançado candidato ao governo de SP, Alckmin ironiza dependência que, segundo ele, Dilma
tem do presidente Lula
DANIEL RONCAGLIA
DE SÃO PAULO
Com a ampla vantagem de
Geraldo Alckmin nas pesquisas ao governo paulista, a
convenção do PSDB de São
Paulo se transformou ontem
em palco de críticas à candidata petista à Presidência,
Dilma Rousseff, e de elogios
ao tucano José Serra.
"Quem quer dirigir o Brasil
não pode andar na garupa.
Porque quem pega carona e
vai na garupa não guia, não
breca, não acelera, não conduz", afirmou Alckmin, que
vinha sendo pressionado no
PSDB por seu pouco empenho em prol de Serra.
O ex-governador fez referências indiretas às multas
que Dilma e o presidente Lula sofreram por propaganda
antecipada e ao dossiê elaborado por um "grupo de inteligência" ligado ao PT.
"Alguns não querem entender isso. Preferem fazer
intriga, desrespeitar a lei, antecipar a campanha, zombar
da Justiça e das instituições",
discursou o tucano, para cerca de 10 mil pessoas, segundo os organizadores -a PM
não fez estimativa.
EMPENHO
Com 53% das intenções de
votos, segundo pesquisa Datafolha divulgada em março,
Alckmin destacou como
exemplo para o país os projetos feitos pelo governo estadual durante os 15 anos de
administração do PSDB no
Estado de São Paulo.
Após o discurso, Alckmin
disse que a eleição presidencial será melhor sem Lula,
que o derrotou em 2006. "O
presidente da República não
é candidato, o que criava um
desequilíbrio."
Depois de ter feito anteontem em Salvador seu discurso mais duro contra o PT, Serra preferiu uma fala mais
contida. O presidenciável defendeu a administração que
fez em São Paulo e pediu um
governo de continuidade
sem continuísmo.
Os outros dez oradores seguiram a linha de ataques ao
PT. "Nesse Estado não se
compram partidos políticos,
movimentos sociais ou sindicatos", disse o governador
Alberto Goldman (PSDB).
Candidato ao Senado,
Orestes Quércia (PMDB) criticou o seu partido pela aliança nacional com o PT. Disse
que a falta de experiência de
Dilma fará com que ela tenha
dificuldade de controlar o
Congresso, que, segundo ele,
tem "500 cobras criadas".
TUMULTO
Antes dos discursos, a
convenção, que aconteceu
na Assembleia Legislativa,
foi marcada por um tumulto
envolvendo o vereador Ricardo Montoro (PSDB) e o ex-secretário Andrea Matarazzo,
impedidos de subir ao palco.
"Vocês vão ter que me deixar entrar", gritava Montoro.
Na confusão, uma militante passou mal e foi levada ao
ambulatório. O tumulto só
terminou depois que o acesso dos dois foi liberado.
A convenção também oficializou 140 candidatos à Câmara dos Deputados e 188 à
Assembleia Legislativa.
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