São Paulo, segunda-feira, 14 de junho de 2010

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Projetos de nanicos vão de "dízimo" a direito à felicidade

Candidatos de siglas com menos de 1% nas pesquisas querem estatizações e fim do IR

PLÍNIO FRAGA
DO RIO

"Dízimo cívico", aumento do salário do presidente, direito à felicidade, proteção contra a pornografia e a violência, desconto de 10% para pagar impostos, estatização do sistema financeiro.
Dos 9 candidatos nanicos à Presidência -com menos de 1% nas pesquisas- 5 elegem a redução de impostos como bandeira e 4 querem estatizações.
Alguns são novatos como Mário Oliveira (PT do B) e Oscar Silva (PHS). Outros, veteranos em eleições, como Rui Costa Pimenta (PCO), Zé Maria (PSTU), Levy Fidelix (PRTB), José Maria Eymael (PSDC) e Plínio de Arruda Sampaio (PSTU).
Mário Oliveira propõe uma reforma tributária sem mudanças constitucionais, com desconto de 10% para quem pagar imposto em dia.
Oscar Silva defende a reorganização do Estado. "Vamos acabar com o Imposto de Renda, o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)", diz. Em troca seria criado o imposto único.
Na mesma linha, Américo de Souza criaria o "dízimo cívico" -imposto que representaria 10% dos recebimentos de qualquer natureza. Quer ainda "enfrentar a dura realidade dos baixos subsídios dos parlamentares e de vencimentos dos ministros de Executivo e Judiciário".
Levy Fidelix, além da defesa do Aerotrem, quer a redução da taxa básica dos juros a no máximo um terço a mais que a inflação.
Também ampliou o projeto que apresentou para São Paulo: o Maglev (magnetic levitation transport) -veículo de superfície que transita numa linha elevada sobre o chão por forças magnéticas e chega a uma velocidade de 600 km/h, calculado em mais de R$ 30 bilhões.
Com o "direito à felicidade", José Maria Eymael quer assegurar "proteção contra a pornografia e a violência nos meios de comunicação".

À ESQUERDA
Se os nanicos liberais defendem redução de impostos e da máquina pública, os de esquerda querem estatização e estrutura pública forte.
Ivan Pinheiro quer a estatização "de instituições financeiras, oligopólios e empresas estratégicas", que seriam dirigidas por "conselhos de trabalhadores".
Plínio de Arruda Sampaio propõe a estatização do sistema financeiro, controle de câmbio, do fluxo de lucros e das políticas de crédito. Quer ainda desapropriar fazendas com mais de mil hectares, produtivas ou não, para dar terra a 6 milhões de famílias.
Zé Maria, ex-companheiro de cela do presidente Lula na década de 80, quer controlar todas as grandes empresas.
Rui Costa Pimenta acha necessária a superação do modelo capitalista e critica até a "demagogia ecológica", que, para ele, serve para "barrar o desenvolvimento".


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