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Projetos de nanicos vão de "dízimo" a direito à felicidade
Candidatos de siglas com menos de 1% nas pesquisas querem estatizações e fim do IR
PLÍNIO FRAGA
DO RIO
"Dízimo cívico", aumento
do salário do presidente, direito à felicidade, proteção
contra a pornografia e a violência, desconto de 10% para
pagar impostos, estatização
do sistema financeiro.
Dos 9 candidatos nanicos
à Presidência -com menos
de 1% nas pesquisas- 5 elegem a redução de impostos
como bandeira e 4 querem
estatizações.
Alguns são novatos como
Mário Oliveira (PT do B) e Oscar Silva (PHS). Outros, veteranos em eleições, como Rui
Costa Pimenta (PCO), Zé Maria (PSTU), Levy Fidelix
(PRTB), José Maria Eymael
(PSDC) e Plínio de Arruda
Sampaio (PSTU).
Mário Oliveira propõe uma
reforma tributária sem mudanças constitucionais, com
desconto de 10% para quem
pagar imposto em dia.
Oscar Silva defende a reorganização do Estado. "Vamos acabar com o Imposto
de Renda, o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)", diz. Em troca seria
criado o imposto único.
Na mesma linha, Américo
de Souza criaria o "dízimo cívico" -imposto que representaria 10% dos recebimentos de qualquer natureza.
Quer ainda "enfrentar a dura
realidade dos baixos subsídios dos parlamentares e de
vencimentos dos ministros
de Executivo e Judiciário".
Levy Fidelix, além da defesa do Aerotrem, quer a redução da taxa básica dos juros a
no máximo um terço a mais
que a inflação.
Também ampliou o projeto que apresentou para São
Paulo: o Maglev (magnetic
levitation transport) -veículo de superfície que transita
numa linha elevada sobre o
chão por forças magnéticas e
chega a uma velocidade de
600 km/h, calculado em
mais de R$ 30 bilhões.
Com o "direito à felicidade", José Maria Eymael quer
assegurar "proteção contra a
pornografia e a violência nos
meios de comunicação".
À ESQUERDA
Se os nanicos liberais defendem redução de impostos
e da máquina pública, os de
esquerda querem estatização
e estrutura pública forte.
Ivan Pinheiro quer a estatização "de instituições financeiras, oligopólios e empresas estratégicas", que seriam
dirigidas por "conselhos de
trabalhadores".
Plínio de Arruda Sampaio
propõe a estatização do sistema financeiro, controle de
câmbio, do fluxo de lucros e
das políticas de crédito. Quer
ainda desapropriar fazendas
com mais de mil hectares,
produtivas ou não, para dar
terra a 6 milhões de famílias.
Zé Maria, ex-companheiro
de cela do presidente Lula na
década de 80, quer controlar
todas as grandes empresas.
Rui Costa Pimenta acha
necessária a superação do
modelo capitalista e critica
até a "demagogia ecológica",
que, para ele, serve para
"barrar o desenvolvimento".
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