São Paulo, sexta-feira, 15 de abril de 2011

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Ministro do TSE quer fim de doação de empresa

Lewandowski sugere financiamento público com limite para gastos de candidatos

DE BRASÍLIA

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Ricardo Lewandowski, defendeu ontem o fim da doação de campanha eleitoral por empresas e a criação de mecanismos para limitar os gastos dos candidatos.
Ele considerou alta a receita da eleição do ano passado, de cerca de R$ 3,3 bilhões. O valor diz respeito a candidatos, comitês e partidos.
"Imagina como isso seria oneroso para os cofres públicos. Por isso, se for adotado o financiamento público, é imprescindível que coloquemos um teto."
Segundo Lewandowski, do total das receitas, R$ 736 mil vieram de doações individuais da internet. Número que pode aumentar, segundo ele, simplificando as regras de financiamento e a doação via cartão de crédito.
Durante audiência na Câmara dos Deputados na comissão especial sobre reforma política, o ministro disse que o ideal seria o aprimoramento do atual modelo.
"Não temos que derrubar o sistema de cima a baixo, porque nosso sistema é bom. O povo, de um modo geral, está satisfeito com o processo."
Hoje há comissões diferentes sobre a reforma política na Câmara e no Senado.
O presidente do TSE defendeu o fim das coligações para eleições proporcionais (de deputados e vereadores), que "provocam efeito deletério nos pleitos, ao permitir que o voto dado eleja um candidato de outro partido".
Lewandowski disse ainda que o voto em listas fechadas elaboradas pelos partidos causaria "estranhamento no eleitor". (MARIA CLARA CABRAL)


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