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Atella cita mais 2 nomes para "solucionar" quebra
Falso procurador de Veronica Serra entrega à PF adendo de depoimento
Contador que quebrou o sigilo da filha de tucano afirma que advogado e despachante podem ajudar resolver o caso
MARIO CESAR CARVALHO
ANDREA MICHAEL
DE SÃO PAULO
O advogado do contador
Antonio Carlos Atella Ferreira entrega hoje à Polícia Federal de São Paulo um adendo a seu depoimento com o
nome de duas pessoas que
"podem ajudar a solucionar"
o caso de quebra de sigilo fiscal de Veronica Serra, segundo o próprio defensor, Alexandre Trindade.
Os nomes são os do advogado Marcel Schinzari e do
despachante Arão Queiroz.
Atella Ferreira foi quem
apresentou a procuração falsa para obter num posto da
Receita Federal em Mauá cópias da declaração de renda
de Veronica de 2007 a 2009.
A grande dúvida na investigação da PF é quem pediu
ao contador que quebrasse o
sigilo fiscal da filha do presidenciável José Serra (PSDB).
Os tucanos dizem, sem provas, que a ordem partiu da
campanha da candidata Dilma Rousseff (PT).
"Seria leviano dizer que o
Marcel foi o autor do pedido.
Mas há um nexo entre Marcel
e Ademir", diz Trindade.
Ademir Estevam Cabral,
51, é o office-boy e dono de
um pequeno escritório de
despachos no centro de São
Paulo a quem o contador dizia estar a serviço quando assinou a procuração falsa com
a qual conseguiu quebrar o
sigilo de Veronica.
Em depoimento à polícia,
o contador disse que foi Cabral quem entregou a ele a
procuração falsa.
O advogado de Atella Ferreira diz que seu cliente conheceu Schinzari num escritório de advocacia na região
da avenida Paulista. Segundo ele, o advogado pedia serviços para o contador executar na Junta Comercial e na
Receita. Já o despachante
Queiroz prestava serviços para o escritório do office-boy,
diz Trindade.
Queiroz disse ao "Jornal
Nacional" que conhece o
contador e o office-boy, mas
que não trabalha mais com
pedidos de documentos.
O ADVOGADO
Antes de o nome de Schinzari ter sido citado na PF, a
Folha falou com o advogado
no seu escritório, especializado em direito tributário.
Schinzari disse, depois de
várias respostas contraditórias, conhecer o office-boy.
"Já ouvi falar do Ademir e
sei que ele é um office-boy."
Depois de mais de uma hora
de conversa, reconheceu que
tanto o office-boy como o
contador prestaram serviços
para o seu escritório.
Schinzari pediu para que
seu nome não fosse citado, já
que a menção poderia prejudicar os seus negócios. Disse
que seu escritório só presta
serviços legais.
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