São Paulo, sábado, 18 de junho de 2011 |
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Sigilo concentra dados valiosos com poucos DE BRASÍLIA Ao mesmo tempo em que, segundo o governo, combate cartéis, a manutenção do sigilo de orçamentos prévios para licitações concentra na mão de um grupo de burocratas informações de alto valor. Hoje, o governo insere nos editais os valores que considera justos. Na formação desses orçamentos prévios, o governo usa as maiores bases de dados de coleta de preços no país. Organismos como a Fundação Getulio Vargas e a Caixa Econômica são responsáveis pelas tabelas oficiais de custos. É com base nessas tabelas que o governo estima qual é o valor justo ou máximo a pagar por um projeto. Esse trabalho resulta nas estimativas oficiais, que serão inseridas nos editais de licitações, aos quais qualquer pessoa pode ter acesso via internet. Com o sigilo, só uma parcela de servidores terá esses dados. A empresa que oferecer o valor mais próximo terá maior chance de vencer a licitação. O ministro Jorge Hage, da Controladoria-Geral da República, afirmou que Dilma jamais autorizaria que partes dos gastos não fossem públicas. Já o Tribunal de Contas da União afirma que é "essencial a ampla disponibilização à sociedade da totalidade dos custos das obras, de modo a assegurar a transparência, a prestação de contas dos gastos públicos e permitir o controle social". Texto Anterior: Entidades criticam falta de transparência Próximo Texto: Análise/Dilema da presidente: Após crise, Dilma se vê encurralada por demandas de aliados Índice | Comunicar Erros |
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