São Paulo, quinta-feira, 19 de agosto de 2010 |
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Editor do "WSJ" reafirma aposta no jornal impresso
CLAUDIA ANTUNES
Em pouco mais de dois
anos como editor-executivo
do "Wall Street Journal", o
jornalista Robert Thomson,
49, viu aumentar a circulação do diário econômico
americano, comprado em
2007 por Rupert Murdoch.
Neste ano, lançou uma edição especial para a região de
Nova York, concorrendo com
"The New York Times".
Folha - Os jornais ainda se debatem entre a abertura do
conteúdo na internet e a
aposta de que as pessoas estão dispostas a pagar por informação, como no "WSJ".
Qual o balanço da opção? Há quem diga que o jornalismo não muda com a plataforma, impressa ou digital. O sr. concorda? Quais as perspectivas para o jornal impresso? Não é a mesma coisa. A apresentação e em alguns casos a abordagem têm de mudar. Mas no centro estão os valores do jornalismo: precisão, integridade, originalidade. Quanto ao jornal impresso, apostamos nele. Um modo de aumentar a circulação é ligar as assinaturas do jornal na internet e do impresso. Enquanto outros jornais americanos estão em má situação, a circulação do "WSJ" aumentou. Qual é o segredo? - É o velho e bom jornalismo num ambiente novo. E o entendimento de como a vida dos leitores mudou. Há jornais demais comandados por jornalistas mais interessados neles mesmos que no público. Murdoch é um financiador do Partido Republicano. Isso afeta o "WSJ"? Há uma separação completa. Todas as empresas de mídia têm suas predileções políticas, mas está claro que meu mandato é sobre o lado noticioso do "WSJ", não estou encarregado da parte de opinião. A cobertura pretende ser objetiva. O sr. Murdoch e a News Corporation prezam esse valor, não só em palavras mas com ações.
O sr. brigou com sites como o
Google, que chamou de "parasitas" por usarem de graça
conteúdo feito por jornais.
Como isso acabará?
Há um ano, quando fiz a
declaração, as pessoas ficaram surpresas. Hoje o Google
reconheceu que criadores de
conteúdo não são compensados de forma apropriada.
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