São Paulo, sábado, 21 de maio de 2011

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Planalto define estratégia contra crise

Auxiliares da Presidência dizem que pneumonia de Dilma e caso Palocci atrasaram cronograma de programas

Depois de encontro com Franklin Martins, que foi ministro de Lula, Dilma chefiou reunião e decidiu ir a Salvador


Marcelo Camargo/Folhapress
O ex-ministro Franklin Martins chega ao Palácio da Alvorada para reunião com Dilma

VALDO CRUZ
BRENO COSTA

DE BRASÍLIA

O caso Palocci e o longo período de Dilma se recuperando de uma pneumonia levaram o Planalto a definir ontem uma estratégia para tentar passar a imagem de que a rotina segue normal.
O clima de paralisia, agravado nesta semana por conta do caso Palocci, tem atrasado o cronograma de alguns programas do governo, segundo auxiliares da própria presidente.
De última hora, Dilma, que estava no Palácio da Alvorada, marcou reunião à tarde no Planalto sobre Código Florestal. E retomou viagem a Salvador, amanhã, para participar da cerimônia de beatificação da irmã Dulce.
A decisão foi tomada depois de duas horas de reunião extra-agenda com o ex-ministro Franklin Martins (Comunicação Social), responsável pelas estratégias de comunicação do segundo mandato de Lula.
Nos últimos dias, assessores e ministros manifestaram preocupação de que a crise envolvendo o ministro da Casa Civil paralise ainda mais o governo, já em ritmo lento por conta da pneumonia contraída pela presidente após a viagem à China.
Apenas nesta semana ela retirou o cateter pelo qual era administrado o antibiótico contra a pneumonia, mais séria do que o divulgado.
Segundo a Folha apurou, Dilma foi aconselhada por assessores e amigos a intensificar sua agenda de trabalho no Planalto e evitar cancelamentos de viagens que alimentam rumores sobre seu estado de saúde.

ATRASO
Além da preocupação de assessores, empresários têm se queixado da falta de reuniões nas últimas semanas para definir as concessões de aeroportos e o leilão das obras do trem-bala.
A reforma tributária também está pronta, mas a data de envio ao Congresso não foi definida porque a presidente não deu a palavra final sobre as propostas.
O ritmo lento das decisões do governo, segundo a Folha apurou, também é atribuído por auxiliares ao estilo centralizador da presidente e ao corte de R$ 50 bilhões no Orçamento de 2011.


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