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NBR recua e muda versão sobre filmagem de comícios
OFICIAL Cinegrafista do canal NBR registra evento do presidente
ELEITORAL À noite o mesmo cinegrafista filma comício de Lula e Dilma
SIMONE IGLESIAS
RANIER BRAGON
DE BRASÍLIA
A direção da TV estatal
NBR recuou ontem e mudou
sua versão sobre o uso das
imagens gravadas por servidores públicos do presidente
Lula em campanha para a
candidata Dilma Rousseff.
Em três notas enviadas por
e-mail à Folha entre ontem e
sexta-feira, a empresa alterou suas explicações.
Questionada na sexta sobre a gravação de "compromissos privados" de Lula, a
empresa justificou que capta
todas as imagens, mesmo de
campanha, e que seu acervo
tinha duas finalidades: "registro histórico" e para uso
de qualquer candidato ou
partido, desde que o faça por
escrito e com antecedência.
Ontem, no entanto, enviou
duas notas, uma omitindo a
possibilidade de terceiros requisitarem as gravações. Em
outra, afirmou que uma coisa
é o acervo da estatal e outra
coisa são as imagens produzidas para a Presidência.
As explicações da NBR
omitem que em 2006 a estatal não gravou participação
de Lula em comícios e eventos de campanha por entender que se tratava de uso da
máquina administrativa.
A direção da NBR foi evasiva ao explicar a obrigatoriedade de os cinegrafistas esconderem o nome da estatal
ao gravarem comícios, tirando a canopla (peça que tem a
logomarca) do microfone e o
colete com o nome da NBR.
O secretário de Imprensa
da Presidência, Nelson Breve, afirmou que não houve
essa determinação e que o logotipo da empresa poderia
aparecer nas imagens sem
nenhum problema.
O Blog do Planalto, feito
pela Secretaria de Imprensa
da Presidência, publicou texto refutando as acusações e
dizendo que "não houve
qualquer utilização da máquina pública em favor desse
ou daquele candidato."
A assessoria de Dilma disse que em nenhum momento
a campanha cogitou pedir ou
usar imagens da NBR.
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