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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010
Candidatos são vigiados por "Big Brother" eleitoral
Empresas especializadas monitoram presidenciáveis em todas as mídias
Custo mensal para ter no celular declarações e imagens de rivais com atualização em tempo real chega a R$ 60 mil
CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO
Na corrida presidencial, os
comandos de campanha estão contratando empresas
especializadas em monitoramento de informação para
acompanhar, em tempo real,
os passos do adversário. É o
Big Brother eleitoral.
Capturadas da TV, do rádio, da internet e das mídias
sociais, imagens e declarações de um candidato podem
ser enviadas até para o celular de seu oponente.
Na pré-campanha, o custo
do contrato chega aos cerca
de R$ 60 mil mensais pagos
pelo PSDB de José Serra.
Outra alternativa é a compra avulsa de reportagens, a
R$ 180 o bloco de até 30 segundos de TV. O comitê de
campanha da petista Dilma
Rousseff optou por essa fórmula, por exemplo, para
duas entrevistas de Serra a
programas populares da TV.
Mas o presidente da Abemo (Associação Brasileira de
Empresas de Monitoramento
da Informação), Ildefonso
Bassani, avisa: na eleição, o
serviço fica mais caro.
Segundo Alzira Luchetti,
da Look Monitoramento, os
candidatos querem saber como estão sendo retratados,
mas o maior interesse é pelo
que o rival está fazendo.
Tesoureiro do PSDB-SP, o
secretário estadual de gestão, Marcos Monteiro, informa que o contrato com a Boxnet inclui o levantamento do
que é veiculado sobre o PSDB
e seus rivais -a sigla só paga
se o serviço for prestado.
Dono da Clip & Clipping,
Luiz Lima afirma que, além
de enviadas via celular, as
imagens são transmitidas para um banco de dados e acessadas com senha.
Entre os recursos para a
captação de informações está o reconhecimento de voz
dos candidatos, desde que
estejam pré-cadastrados.
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