São Paulo, terça-feira, 23 de novembro de 2010

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NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

Chineses nos portões

O "China Daily" publicou que "a esperada rodovia inter-oceânica da América do Sul será completada no mês que vem". Liga a costa peruana "às estradas já existentes que servem o porto de Santos". Em "projeto paralelo, através da Bolívia, o Brasil constrói estrada que vai de Santos ao porto chileno de Iquique".
Na manchete, o jornal estatal noticiou um projeto de trem-bala ligando o Sul da China a Mianmar, Laos, Camboja e Tailândia. Um executivo chinês vê "boom mundial" de trens de alta velocidade, Brasil inclusive. E o "Wall Street Journal" destacou que as empresas chinesas "que já foram sócias de Siemens ou Alstom concorrem com elas no mercado internacional" de trem-bala, hoje, "adaptando sua tecnologia".

 

Por fim, o Global Post relata o entusiasmo com o "boom de investimento" chinês no Brasil -e a reação de, entre outros, Sergio Amaral, ex-porta-voz de FHC e que hoje dirige grupo de comércio voltado à China. Alerta contra "propósitos estratégicos da China".

"El País" vs. China O jornal espanhol deu a reportagem "China coloniza América Latina", destacando que já é o segundo parceiro comercial da região, "atrás dos EUA e à frente da União Europeia". Ouve do publicitário Nizan Guanaes que "já fomos colonizados uma vez" e agora "queremos ser sócios".

"FT" vs. China O inglês "Financial Times" deu e o UOL traduziu e destacou na home que a "Economia da América Latina tropeça com a China". O texto avalia que "a perspectiva de aumento dos juros chineses, combinada com as preocupações na zona do euro, fizeram cair as ações latino-americanas".

ft.com
No especial, "Brasil, que responde por metade da América Latina"

//MAIS UM

E o "Financial Times" publicou ontem mais um caderno voltado ao Brasil, desta vez sobre negócios na América Latina, com 12 páginas em formato revista e patrocínio do HSBC. No texto de abertura, com foto de São Paulo (acima), "Não mais o cara com um bigode e um violão". Aborda também o México, mas negativamente -e apontando como "Grande oportunidade" o acordo de comércio em negociação com o Brasil.
Por outro lado, diz que o "sonho de uma América Latina unificada" enfrenta diferenças "ideológicas". Mas destaca o dado, do chanceler Celso Amorim, de que a Argentina está para passar os EUA como segundo parceiro comercial do Brasil. "O primeiro é a China."

barnesandnoble.com


ANTIRREBELIÃO "New York Times" e outros publicaram resenha do livro "Uprising", rebelião, do economista George Magnus, do banco UBS, que questiona a ascensão dos emergentes. No título do "NYT", "Espere um pouco para descartar o Ocidente". No do "FT", "Um mundo agitado, mas não exatamente abalado"

//EUA, AO RESGATE

Jim O'Neill, o economista do banco Goldman Sachs que cunhou a expressão Bric, deu entrevista ao "WSJ" no fim da semana, afirmando que "as pessoas vão se surpreender positivamente com a sustentabilidade da recuperação econômica" -a ser creditada sobretudo aos Brics, mas também aos EUA.
Ele está "otimista com a economia americana" e prevê crescimento próximo de 3% no ano que vem. "Uma surpresa possível para 2011 é que a economia dos EUA pode se sair muito melhor do que estão esperando", diz, prevendo até valorização do dólar.

//HILLARY VS. OBAMA

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, deu entrevista domingo à Fox News e negou sair contra Barack Obama, daqui a dois anos. Mas a própria cobertura americana tratou de questionar, com enunciados como "Mais uma vez, Hillary rejeita, sem convencer, que vá se candidatar a presidente". No dizer de Hillary, "estou feliz com o que estou fazendo".
A entrevista foi precedida por um encontro reservado do investidor George Soros com outros financiadores das campanhas democratas, que vazou pelo Huffington Post e ecoou. Ele fez "críticas duras à administração Obama" e chegou a "sugerir que os doadores democratas direcionem seu apoio para outro candidato que não o presidente".
Nas palavras de Soros, "Se este presidente não pode fazer o que precisamos, é hora de começar a procurar em outros lugares".



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