São Paulo, quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

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Regra proposta é "chavismo", afirma Freire

DE BRASÍLIA

Após pedir que a OAB analise a constitucionalidade da definição do valor do salário mínimo por decreto presidencial, o deputado Roberto Freire (SP), presidente do PPS, classificou ontem a medida como um "pequeno chavismo" de Dilma Rousseff.
Segundo Freire, o aval para que o mínimo seja fixado por decreto, e não mais por lei aprovada pelo Congresso, pode abrir brechas para que outras medidas que são atribuições de deputados e senadores sejam editadas pelo Planalto.
O deputado citou a regulamentação da mídia como uma dessas preocupações.
"Se abrirmos a possibilidade de que por decreto, e não por lei, a presidente fixe o salário mínimo, podemos correr o risco da concessão de outros poderes inconstitucionais e perigosos para a democracia", disse.
"[A presidente] não pode ficar com essas veleidades de pequenos chavismos, não podemos admitir isso", afirmou Freire, em referência ao governo do venezuelano Hugo Chávez.
Trecho do projeto de lei que iria a votação ontem no Senado prevê que o governo fixe o valor do mínimo por decreto presidencial até 2015 -a partir de regra estabelecida no texto- e não mais por projeto de lei enviado ao Legislativo.
O governo justifica a medida como forma de assegurar continuidade à política de valorização do benefício.


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