São Paulo, domingo, 24 de outubro de 2010

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Resultado de ideia depende de relação com estagiário

DE SÃO PAULO

Estagiários que atuam como segundos professores dizem que o sucesso do programa depende do entrosamento entre eles e os "primeiros professores". Se a relação não é boa, as crianças são prejudicadas.
"Estou aprendendo bastante com a professora. E ela, comigo. Trocamos muitas ideias sobre técnicas [de ensino]", conta Thaís Santos, 23, estagiária na escola municipal Chiquinha Rodrigues, na zona sul de São Paulo.
Enquanto a professora ensina no quadro-negro, Thais circula pela sala verificando como os alunos -crianças de seis anos- estão assimilando as lições de alfabetização. Ela orienta, na hora, aqueles que têm mais dificuldade.
O estagiário também auxilia o professor recolhendo cadernos e organizando a sala para as atividades, por exemplo.
"A professora me deixa participar ativamente da aula. A nossa parceria funciona muito bem", diz Maria Filippa Jorge, 42, estagiária na mesma escola. "Alguns alunos nem veem diferença. Acham que também sou professora."
O estagiário tem reuniões semanais com um orientador de sua faculdade e mensais com técnicos da prefeitura. Nos encontros, ele tem contato com outros estagiários e fica sabendo que nem todo professor é receptivo.
"Tem professor que acha que o aluno pesquisador [estagiário] vai denunciar as falhas dele ao diretor", diz Maria Filippa. "E tem aluno pesquisador que já chega batendo de frente com o professor."
Thaís, por sua vez, lembra a "história chocante" de uma colega: "Um dia a professora saiu para resolver um problema, e a assistente ficou sozinha com as crianças o dia todo". (RW)


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