São Paulo, domingo, 24 de outubro de 2010

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Feministas criticam campanha da candidata

DE SÃO PAULO

Feministas históricas do PT criticam a forma como a questão de gênero tem sido tratada pela campanha de Dilma Rousseff (PT), a primeira mulher com chances reais de se tornar presidente da República.
De acordo com as críticas, a campanha não só não tem conteúdo feminista, mas também reforça o papel tradicional da mulher na sociedade, ao abusar, por exemplo, da imagem da "mãe".
Terezinha Vicente, por exemplo, afirma que há momentos em que o discurso de Dilma "colabora com os valores do patriarcado e dos fundamentalistas na defesa de que lugar de mulher é na casa, no lar e na família".
Em artigo na revista "Caros Amigos", Terezinha ainda afirma que, quando Dilma fica à sombra de Lula, ela reforça o estereótipo da mulher "dependente, submissa", que "apenas ajuda o homem, acompanha, enfeita".
Sandra Starling, outra feminista histórica e ex-militante do PT (rompeu com o partido neste ano por causa das eleições em Minas Gerais), também criticou a campanha dilmista.
De acordo com ela, quando Lula elogia as qualidades maternais de Dilma, com "um verdadeiro rol de frases machistas", o presidente revela o papel que efetivamente reserva às mulheres: o de mãe de família e esposa. (UM)


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