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Feministas criticam campanha da candidata
DE SÃO PAULO
Feministas históricas do
PT criticam a forma como a
questão de gênero tem sido
tratada pela campanha de
Dilma Rousseff (PT), a primeira mulher com chances
reais de se tornar presidente
da República.
De acordo com as críticas,
a campanha não só não tem
conteúdo feminista, mas
também reforça o papel tradicional da mulher na sociedade, ao abusar, por exemplo, da imagem da "mãe".
Terezinha Vicente, por
exemplo, afirma que há momentos em que o discurso de
Dilma "colabora com os valores do patriarcado e dos fundamentalistas na defesa de
que lugar de mulher é na casa, no lar e na família".
Em artigo na revista "Caros Amigos", Terezinha ainda afirma que, quando Dilma
fica à sombra de Lula, ela reforça o estereótipo da mulher
"dependente, submissa",
que "apenas ajuda o homem,
acompanha, enfeita".
Sandra Starling, outra feminista histórica e ex-militante do PT (rompeu com o
partido neste ano por causa
das eleições em Minas Gerais), também criticou a campanha dilmista.
De acordo com ela, quando Lula elogia as qualidades
maternais de Dilma, com
"um verdadeiro rol de frases
machistas", o presidente revela o papel que efetivamente reserva às mulheres: o de
mãe de família e esposa.
(UM)
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