|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Serra cobra do PSDB mais mobilização na campanha
Candidato afirma que precisa de mais panfletos e cabos eleitorais nas ruas
Tucano Beto Richa cobrou mudanças no programa de TV de Serra; em SP, Aécio gravou participação
DE SÃO PAULO
DE CURITIBA
A pedido do candidato, o
comando da campanha de
José Serra à Presidência intensificará a produção de
material e a contratação de
cabos eleitorais. Serra cobrou mais mobilização partidária na madrugada de ontem, durante reunião com a
coordenação da campanha.
Dizendo-se confiante nas
chances de chegada ao segundo turno, Serra pediu,
porém, mais visibilidade,
com distribuição de panfletos e presença de cabos eleitorais nas ruas.
Ontem, o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), afirmou que o comitê
triplicará a produção de material. Já o coordenador de infraestrutura, Sérgio Kobayashi, avisa que nada foge do
cronograma previsto.
Segundo ele, já estava programada a mobilização de
cabos e suas bandeiras no
mês que antecede a eleição.
"A demanda é sempre superior à produção. Os recursos são finitos. Não faremos
loucura. Não temos caixa
dois", disse Kobayashi.
O coordenador administrativo, José Henrique Lobo,
também negou que o material venha a ser triplicado.
Lobo não soube quantificar,
mas afirmou que estava programado um aumento com o
início do horário na TV.
FHC E AÉCIO
Convocado a São Paulo
num momento de queda de
Serra nas pesquisas, o ex-governador Aécio Neves gravou
uma participação para o programa do presidenciável.
Para descaracterizar a
ideia de reunião de avaliação
do momento político, Aécio
teve várias conversas ao longo do dia, entre elas com o
coordenador de comunicação, Luiz Gonzalez, e Guerra,
coordenador-geral da campanha. Segundo Guerra, estava previsto ainda um encontro com o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso.
Mas isso não aconteceu.
Disposto a driblar eventuais
constrangimentos, o ex-presidente não reclamou de sua
tímida aparição no programa
eleitoral do PSDB.
"Apareço como deve aparecer um ex-presidente. O
Lula é um militante. Ele esqueceu que é o presidente de
todos nós para servir a uma
facção", justificou FHC.
O candidato do PSDB ao
governo do Paraná, Beto Richa, não poupou o programa. Disse que Serra pode reverter a desvantagem nas
pesquisas desde que mude
seus programas.
Para ele, Serra "deve melhorar seus programas na TV,
acertar uma linha de ação".
Em conversas, o candidato
tem defendido a manutenção da linha de comunicação
da campanha. Quando elogiam a beleza do programa
de Dilma, Serra costuma alegar que nem sempre os programas bonitos também são
eficientes.
Além de conter críticas ao
programa, Guerra trabalha
para debelar crises regionais.
Ontem, ele negou que o
PSDB tenha abandonado o
candidato a governador Jarbas Vasconcelos (PMDB).
Lembrando que os tucanos que administram as
maiores cidades do Estado
estão com Jarbas, Guerra alegou que, dos 11 prefeitos do
PMDB, 6 estão com o governador Eduardo Campos.
(CATIA SEABRA, BRENO COSTA E DIMITRI DO VALLE)
Texto Anterior: Toda Mídia - Nelson de Sá: Corpos na fronteira Próximo Texto: Dilma nega ajuste fiscal e cita "matéria jabuti" Índice
|