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Emprego e renda continuam crescendo e batem recordes
Salário de empregados sem carteira cresceu 5 vezes mais que o dos outros
LEILA COIMBRA
DO RIO
Enquanto alguns indicadores da economia já apontam para a desaceleração, o
mercado de trabalho continua dando demonstrações
de força. A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE
ficou em 6% em julho- a menor no mês desde o início da
série, em 2002.
O mês também marcou o
mais alto rendimento médio
dos trabalhadores para julho
em toda a série: R$ 1.612,90.
Pela terceira medição seguida, o crescimento foi de 4%
em comparação com igual
período de 2010.
Para a consultoria LCA, esses números indicam "uma
sinalização de robustez do
mercado de trabalho, a despeito do arrefecimento dos
indicadores de atividade".
SEM CARTEIRA
O total de vagas com carteira assinada cresceu. Mas,
no setor privado, os salários
subiram cinco vezes mais para empregados sem carteira,
tradicionalmente ligados a
setores de serviços.
Trabalhadores formais receberam R$ 1.480,30, em média, no mês de julho. A alta
foi de 1,3% ante junho e de
2,5% no confronto com 2010.
Já os sem carteira receberam em média R$ 1.272,30 em
julho. Seus rendimentos
cresceram 6,9% em relação
ao mês anterior, e 12,2% em
relação a julho de 2010.
Segundo o coordenador
da pesquisa de trabalho e
rendimento do IBGE, Cimar
Azeredo, julho tradicionalmente é um mês de grande
absorção de mão de obra pela indústria, que se prepara
para o segundo semestre.
A queda surpreendeu os
especialistas, que esperavam
uma taxa de desemprego acima da apurada, de até 6,4%.
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