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1 ano após queda,
consórcio e Dersa
não foram punidos
DE SÃO PAULO
Às vésperas de completar
um ano do desabamento de
vigas durante a construção
do trecho sul do Rodoanel,
a Promotoria aguarda laudos do IML (Instituto Médico Legal) para definir a responsabilização criminal de
engenheiros ligados à obra.
A tendência é que só dois
profissionais do consórcio
Rodoanel Sul 5 Engenharia,
contratado pela Dersa (estatal paulista), sejam processados pelo acidente. A definição pode sair este ano.
Na esfera administrativa,
a promotora Andréa Chiaratti já arquivou a apuração
de eventual improbidade.
Segundo Chiaratti, não
foram encontradas irregularidades que tivessem levado ao desabamento
-que deixou três feridos.
O engenheiro da Dersa
que comandava a obra era
Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto e
que foi afastado da estatal
neste ano pelo governador
Alberto Goldman (PSDB).
Laudos do Instituto de
Pesquisas Tecnológicas e
do Instituto de Criminalística viram falhas para fixar as
vigas que depois caíram.
Segundo a apuração do
IPT, elas foram instaladas
sobre uma superfície não
horizontal, sujeitas a deslizar, faltava uma rugosidade
para garantir atrito, além de
um sistema de travamento.
O inquérito da Polícia Civil responsabilizou dois engenheiros ligados ao consórcio -Olímpio Eugênio
Fernandes Silva e Anderson
Canejo- por desabamento
culposo (sem intenção).
A promotora Fabiana Sabaine, de Embu (Grande
SP), vai decidir se denuncia
os dois pelo acidente e sob
qual acusação. Se a ação for
por acidente culposo, ela
deverá tramitar num juizado especial para casos de
menor potencial ofensivo.
Nessa situação, a pena é inferior a dois anos.
Segundo ela, até este momento não houve elementos que apontassem falha
da fiscalização da Dersa.
Os advogados que representam os dois engenheiros
não foram encontrados ontem pela Folha.
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