São Paulo, terça-feira, 28 de setembro de 2010

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PERFIL

Desembargador responde a dois processos no CNJ

JOÃO PAULO GONDIM
DE SÃO PAULO

JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DE BELÉM

Liberato Póvoa, o desembargador do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Tocantins que impediu a veiculação de reportagens sobre as suspeitas contra o governador e candidato à reeleição Carlos Gaguim (PMDB), responde a ao menos dois processos no Conselho Nacional de Justiça.
Segundo a Folha apurou, um deles deve entrar na pauta do órgão fiscal do Judiciário em breve.
O advogado do desembargador, Nathanael Lacerda, confirmou os processos, mas não comentou sobre o conteúdo deles. Um funcionário do TJ do Estado que trabalha próximo a Póvoa afirmou que os processos correm sob sigilo. Por isso, não poderia dar detalhes.
Em outras circunstâncias, há o registro de ao menos dois processos contra o magistrado. Num deles, ele foi denunciado por tráfico de influência pelo Ministério Público Federal. A notícia-crime foi trancada em 2007 pelo STF (Supremo Tribunal Federal), pois havia sido instaurada com base em denúncia anônima.
Em seu site na internet, Póvoa se diz "jornalista e crítico literário", além de ter vencido "todos os concursos literários de que participou desde a época de estudante". Pela atividade jornalística, ele respondeu a processo administrativo disciplinar instaurado pelo CNJ, em 2004, após criticar o Judiciário em coluna no "Jornal de Tocantins". A representação foi arquivada.
Autor da letra do hino tocantinense, Póvoa também tem parentes no governo de Gaguim. Em janeiro, este nomeou a mulher -Simone Cardoso da Silva Canedo Póvoa- e a sogra do desembargador- Nilce Cardoso da Silva- para as secretarias de Administração e Trabalho e Desenvolvimento Social, respectivamente.
O magistrado não foi localizado pela reportagem.


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