São Paulo, sexta-feira, 28 de outubro de 2011

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Banco Central reafirma estratégia para baixar juros

Ata da última reunião do Copom sugere que redução da taxa básica deve continuar até início do ano que vem

DE BRASÍLIA

Após a polêmica criada com a redução inesperada dos juros em agosto, os diretores do Banco Central começam a deixar mais clara, para os analistas, sua estratégia para a queda das taxas.
Na ata da última reunião do Copom, o comitê que define a taxa referência para a economia, o BC sinalizou que os "ajustes moderados" deverão significar juros em queda por um período maior, o que incluiria o início de 2012.
Ao contrário do que esperavam muitos especialistas, a ata não mostrou um BC preocupado em acelerar o tamanho dos cortes para conter os efeitos de uma freada mais forte na economia em 2012.
A taxa básica -referência para aplicações financeiras e empréstimos- foi reduzida na semana passada de 12% para 11,5% ao ano.
Em reserva, um executivo de um banco estrangeiro avalia que a ata dá esse recado de forma sutil, mas a mensagem é importante porque mostra um BC "que não quer assumir tantos riscos".
Quando o BC iniciou o processo de corte, sob a justificativa de que a crise internacional reduziria o crescimento no Brasil, o mercado financeiro passou a especular que os diretores estavam agindo politicamente para satisfazer a presidente Dilma Rousseff. "O mercado agora entendeu que o BC está alinhado com a política do governo de usar juros para combater efeitos da crise, mas segurar o fiscal [gasto público] para manter inflação sob controle", diz Luciano Rostagno, economista-chefe do banco WestLB.
Na ata, o BC reafirma que o mundo terá um período prolongado de baixo crescimento, com impacto na economia brasileira, ajudando a reduzir a inflação. (SHEILA D'AMORIM)



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