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PMDB abre mão de aliança com PT no PA e terá nome próprio
Decisão dilui força de palanque de Dilma no Estado; Jader disputará vaga no Senado
JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DE BELÉM
Após mais de oito meses
de indefinição, o PMDB
anunciou que terá candidato
próprio ao governo do Pará e
não irá se coligar com o PT
para apoiar a reeleição da governadora Ana Júlia Carepa.
Ficou definido também
que o deputado federal Jader
Barbalho, principal líder do
PMDB no Estado, tentará voltar ao Senado, do qual chegou a ser presidente.
Em 2001, ele renunciou ao
cargo de senador depois de
ser alvejado por denúncias
de desvios de verbas e de enfrentar uma briga com o senador Antonio Carlos Magalhães (morto em 2007).
Segundo pesquisas de intenções de voto internas do
partido, ele tem grandes
chances de voltar à Casa.
Se confirmada, a candidatura peemedebista para o
Executivo estadual diminui
as chances de reeleição de
Ana Júlia -que venceu em
2006 depois de se unir com o
PMDB no segundo turno.
Dilui também a força do
palanque da pré-candidata
petista ao Planalto, Dilma
Rousseff, no Estado que tem
sozinho quase a metade da
população dos sete Estados
da região Norte.
As negociações entre os
partidos começaram no ano
passado. Nelas, empenharam-se líderes nacionais do
PT, como o ex-ministro José
Dirceu, que chegou a ir a Belém falar com Jader.
Mas as rusgas acumuladas
nos três anos e meio de governo estadual, no qual o
PMDB diz ter sido escanteado pelos petistas, e as pesquisas que apontam alto índice
de rejeição de Ana Júlia animaram os peemedebistas.
A despeito do anúncio, o
PT disse que continuará negociando com o partido. A sigla afirmou que encara com
"absoluta normalidade" a
possível ruptura e que "não
há nenhum desespero".
Em manchete de ontem, o
"Diário do Pará", jornal da
família Barbalho, informou
que o indicado peemedebista
para disputar o governo será
o presidente da Assembleia
Legislativa, deputado estadual Domingos Juvenil.
Peemedebistas disseram
que a indicação demonstra
que a ideia de que o próprio
Jader se candidataria nunca
foi concreta, e sim um "jogo
de cena" para demonstrar
poder eleitoral.
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