BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO

Em jantar com artistas anteontem, a presidenciável Dilma Rousseff (PT) se apresentou como uma bailarina frustrada e prometeu, se eleita, ampliar os investimentos federais em cultura.
Ela passou duas horas cercada por cerca de 40 famosos no apartamento do coreógrafo Ivaldo Bertazzo, em Higienópolis. Entre os convidados, estavam a atriz Marisa Orth, os cantores Seu Jorge e Chico César e o ator Antonio Abujamra.
A candidata não apresentou propostas concretas, mas criticou a política cultural do governo Fernando Henrique Cardoso e acenou com mais verbas para o MinC, que tem orçamento na casa dos R$ 2 bilhões.
"Tivemos que trocar os pneus com o carro em movimento", disse, referindo-se a supostos problemas herdados da gestão tucana.
Acompanhada pelo ministro Juca Ferreira e pelo presidente da Funarte, Sérgio Mamberti, Dilma contou que sonhava em fazer carreira no balé, mas não chegou a ter aulas de dança.
Também arriscou alguns palpites sobre música erudita com o maestro John Neschling. Em 2009, ele foi demitido da Osesp por FHC, presidente do conselho que dirige a orquestra.
O jantar foi um esforço para aproximar Dilma dos artistas, base tradicional do presidente Lula. Ela tem perdido espaço no showbiz para Marina Silva (PV).


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