São Paulo, quarta-feira, 30 de junho de 2010

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DIPLOMACIA

Lula nega a intenção de disputar cargo de secretário-geral da ONU

DE SÃO PAULO - O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, negou que queira se candidatar à Secretaria-Geral da ONU quando deixar a Presidência. Segundo ele, a vaga deve ser preenchida por um burocrata, já que o ocupante é subordinado aos países-membros da instituição.
Lula se referia a um artigo seu publicado ontem no jornal inglês "Financial Times", em que dizia pretender se dedicar a iniciativas em prol da América Latina, Caribe e África após deixar a Presidência. "Um cargo como a ONU não pode ser exercido por um político que tenha tanta importância frente aos outros", disse ele.
O presidente participava de evento na Fiesp que contou com a presença do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi. Berlusconi causou saia justa ao afirmar que Lula deveria voltar à Presidência.
"Daqui a quatro anos, ele vai poder trabalhar por mais oito anos pelo bem do Brasil. E chegar aos 74 anos jovem, cheio de energia, como eu". Lula, porém, descartou a possibilidade, dizendo que todo presidente eleito merece a chance de se reeleger.
Quanto à possível extradição do italiano Cesare Battisti, foco de tensões diplomáticas entre os países nos últimos anos, Lula reiterou que só tomaria a decisão quando recebesse parecer da Advocacia Geral da União sobre o caso.
Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro homicídios cometidos na década de 70. O caso foi julgado pelo STF, que se posicionou pela extradição, mas deixou a decisão nas mãos de Lula.


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