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DIPLOMACIA
Lula nega a intenção de disputar cargo de secretário-geral da ONU
DE SÃO PAULO - O presidente da
República, Luiz Inácio Lula da
Silva, negou que queira se
candidatar à Secretaria-Geral
da ONU quando deixar a Presidência. Segundo ele, a vaga
deve ser preenchida por um
burocrata, já que o ocupante é
subordinado aos países-membros da instituição.
Lula se referia a um artigo
seu publicado ontem no jornal
inglês "Financial Times", em
que dizia pretender se dedicar
a iniciativas em prol da América Latina, Caribe e África após
deixar a Presidência. "Um cargo como a ONU não pode ser
exercido por um político que
tenha tanta importância frente
aos outros", disse ele.
O presidente participava de
evento na Fiesp que contou
com a presença do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi. Berlusconi causou
saia justa ao afirmar que Lula
deveria voltar à Presidência.
"Daqui a quatro anos, ele
vai poder trabalhar por mais
oito anos pelo bem do Brasil. E
chegar aos 74 anos jovem,
cheio de energia, como eu".
Lula, porém, descartou a possibilidade, dizendo que todo
presidente eleito merece a
chance de se reeleger.
Quanto à possível extradição do italiano Cesare Battisti,
foco de tensões diplomáticas
entre os países nos últimos
anos, Lula reiterou que só tomaria a decisão quando recebesse parecer da Advocacia
Geral da União sobre o caso.
Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro homicídios cometidos na
década de 70. O caso foi julgado pelo STF, que se posicionou
pela extradição, mas deixou a
decisão nas mãos de Lula.
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