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Marina acusa Dilma de mudar, por votos, discurso sobre aborto
Petista, que afirmara ser a favor do aborto, diz agora que é contra
BERNARDO MELLO FRANCO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
A presidenciável Marina
Silva (PV) acusou ontem a
adversária Dilma Rousseff
(PT) de mudar o discurso sobre a legalização do aborto
para ganhar votos.
Ela questionou a sinceridade da petista, que mais cedo, em Brasília, disse ser contrária ao aborto e reclamou
de boataria religiosa às vésperas da eleição.
"Eu não faço discurso de
conveniência. A ministra Dilma já disse que era a favor e
depois mudou de posição",
criticou Marina.
"Não acho que em temas
como esse se deva fazer um
discurso uma hora de uma
forma e outra hora de outra
só para agradar o eleitor."
A senadora reafirmou que
é a favor de um plebiscito.
Evangélica, ela se diz contrária ao aborto por motivos religiosos. O PV defende a liberação em seu programa.
Os verdes se animaram
com a notícia de que Marina
empatou com Dilma em primeiro lugar em Belo Horizonte, segundo o Ibope. Ela sonha repetir o desempenho no
Rio, em Brasília e em Salvador, onde já aparecia à frente
de José Serra (PSDB).
Marina tenta usar a alta
nas pesquisas para convencer o eleitor de que teria mais
chances que o tucano num
embate com Dilma.
Em mensagem gravada
para o último programa eleitoral, que vai ao ar hoje, a
candidata pede empenho
dos aliados e reforça o apelo
por um segundo turno.
Ontem, ela voltou a defender uma "onda verde" em rápida aparição na Central do
Brasil, no Rio.
No comitê verde, causou
irritação a entrevista do ex-governador mineiro Aécio
Neves à Folha. O tucano defendeu que Serra empunhe a
bandeira ambiental de Marina para herdar seus votos no
segundo turno.
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