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Movimento classifica gestão de Cícero Gomes de 'coronelista'

Presidente da Câmara e vereadores ouviram discurso de repúdio

Silva Júnior/Folhapress
Manifestantes exibem cartazes durante a sessão de ontem à noite na Câmara de Ribeirão
Manifestantes exibem cartazes durante a sessão de ontem à noite na Câmara de Ribeirão

DE RIBEIRÃO PRETO

A sequência de protestos contra o aumento salarial dos vereadores de Ribeirão Preto teve ontem mais um capítulo durante a sessão da Câmara.

Os manifestantes classificaram a gestão do presidente Cícero Gomes da Silva (PMDB) como "coronelista".

O professor de história Jonas Paschoalick, 30, que representa o Movimento Panelaço -criado na rede social Facebook-, leu uma "carta de repúdio" com críticas ao presidente da Casa e aos demais vereadores.

A leitura foi feita diante de cerca de 120 integrantes do movimento e de todos os parlamentares no plenário.

"Os vereadores não estão aptos a representar a população ribeirão-pretana", leu Paschoalick. A crítica se deveu principalmente ao que consideram falta de diálogo com a comunidade na decisão de elevar os salários.

Em 22 de março, durante a votação de um projeto de reajuste para os servidores, a Câmara aprovou aumento de quase 40% nos vencimentos dos parlamentares para 2013. Com isso, os vereadores passarão a ganhar R$ 12.991 -hoje recebem R$ 9.288.

Os protestos começaram logo em seguida na internet e depois foram parar nas galerias do Legislativo. Os manifestantes tentaram entregar uma carta aos vereadores duas vezes, mas não conseguiram. Em uma das vezes, um assessor da presidência rasgou o documento.

Além de pedir a revogação do aumento salarial, o movimento quer também que os vereadores recuem na decisão de ampliar de 20 para 27 o número de vagas na Câmara a partir de 2013.

A carta, que classifica a gestão de Cícero como "coronelista", também afirma que os vereadores usam o Legislativo para defender interesses pessoais. O movimento diz que o aumento dos salários representa abuso de poder político e profissionalização do cargo político.

Cícero se desculpou pelo fato de seu funcionário ter rasgado o manifesto na semana passada.

"Não respondo pelo meu assessor, mas isso causou indignação e eu peço desculpas", afirmou. Ele não comentou as demais críticas e já disse em entrevistas que os aumentos serão mantidos.

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