Caso Pablo terá novo juiz após magistrado pedir afastamento

O júri popular do empresário Pablo Russel Rocha, marcado para 17 de maio, não será mais presidido pelo juiz Luiz Augusto Freire Teotônio.

De acordo com o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), o juiz pediu afastamento do caso. O TJ não divulgou qual foi o motivo apresentado por ele para que não presidisse o júri.

Pablo é acusado de ter arrastado por dois quilômetros a garota de programa Selma Heloísa Artigas, conhecida como Nicole, em 1998. O corpo dela foi encontrado ao lado do veículo, uma Pajero.

Na época, Pablo disse que o caso foi um acidente. Ele falou que havia brigado com Selma e que ela ficou presa ao cinto de segurança.

Pablo afirmou que não ouviu gritos da vítima porque escutava música alta.

A defesa do réu já havia entrado com um pedido de suspeição contra Teotônio por considerá-lo inapto para julgar o caso. O argumento era o de que Teotônio teria interesse em condená-lo.

A suspeição sobre o juiz foi considerada improcedente pelo TJ-SP em 1999. Agora, a pouco mais de um mês do júri, o juiz pediu para sair.

O atual advogado de defesa de Pablo, Sergei Cobra Arbex, já havia declarado que entraria de novo com um pedido de suspeição e ontem confirmou à Folha que ainda mantinha essa intenção.

Com a saída de Teotônio, não será mais preciso.

Segundo o TJ-SP, o juiz José Roberto Bernardi Liberal, de Americana, virá até Ribeirão para presidir o júri.

Hélio Romualdo Rocha, advogado-assistente de acusação, disse que a entrada de Liberal no julgamento não irá influir no processo. "Quem vai decidir é o júri", falou.

Segundo o TJ-SP, os juízes podem pedir afastamento em três ocasiões: não se considerar isento para julgar o réu, estar de férias ou por motivo de saúde.