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Bairros de Ribeirão querem mais creche, médicos e limpeza de mato

Presidentes de 17 associações de moradores da cidade foram consultados sobre o assunto

Ipiranga nem creche municipal tem; até bairro de classe média, como o Ribeirânea, vê falta de segurança

Fotos Silva Junior/Folhapress
O presidente da associação do Valentina Figueiredo, Sidney Eduardo Grassi, diante de problema comum no bairro
O presidente da associação do Valentina Figueiredo, Sidney Eduardo Grassi, diante de problema comum no bairro

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

A cada quatro anos, moradores de bairros de Ribeirão Preto -principalmente os da periferia- já sabem: de julho até outubro, começam as visitas de candidatos a prefeito e vereador em suas ruas.

A cada aperto de mão ou discurso improvisado, a promessa se repete: resolver problemas dos bairros.

Levantamento da Folha feito com presidentes das associações de 17 diferentes bairros de Ribeirão revela que as principais queixas são falta de vagas em creche, carência de médicos em postos de saúde e necessidade de manutenção dos bairros -cheios de mato e de ruas esburacas.

A cobrança, segundo os dirigentes, já foi feita à prefeita Dárcy Vera (PSD), que tentará a reeleição, mas os problemas não foram resolvidos.

A atual prefeitura diz que tenta acabar com as falhas.

A falta de vagas em creches para bebês de até três anos de idade é a falha mais frequente. Há a carência em dez dos 17 bairros consultados pela Folha. As filas estão longas no Ipiranga, Tanquinho e jardins Progresso e Aeroporto, dizem os representantes.

Tanquinho e Ipiranga nem creches municipais têm, e as entidades filantrópicas, lotadas, não dão conta da demanda. No caso de Aeroporto, mesmo com a remoção de favelas para um conjunto habitacional, há fila por creche.

Jardim Aeroporto também sofre com a insegurança. Moradores dizem que os assaltos ao comércio aumentaram desde que a base da PM deixou o bairro, no fim de 2011 -ela foi transferida para dentro do aeroporto Leite Lopes.

Bairros de classe média alta também reclamam de insegurança, caso da Ribeirânia -são de 10 a 15 roubos a casas por semana, diz o dirigente Ivens Telles Alves.

Saúde também é um tema lembrado principalmente por nove dos bairros ouvidos. Alguns representantes dizem que suas regiões cresceram e que, por isso, já comportam uma UBS (Unidade Básica de Saúde), como Progresso, Tanquinho, Candido Portinari e São Sebastião.

Com UBSs atendendo vários bairros, a consequência é a falta de médicos e a demora ao agendar consultas. No Progresso, segundo Amarildo Vieira, algumas consultas demoram quase um ano.

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folha.com/no1117120

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