Outro lado

Prefeitura e Daerp silenciam sobre caso

Procurados desde a última segunda-feira, nem Daerp nem Prefeitura de Ribeirão Preto se manifestaram sobre a negociação envolvendo os sete imóveis públicos.

Nos quatro dias seguidos, após contatos por telefone com a Coordenadoria de Comunicação Social da prefeitura, a Folha enviou por e-mail uma série de questionamentos sobre o negócio.

Entre as perguntas feitas aos dois órgãos, a reportagem questionou as razões que levaram o Daerp a desconsiderar o parecer feito por sua própria assessoria jurídica.

A prefeitura também não informou o que será feito com o dinheiro pago pelo Daerp na compra dos imóveis.

Além dos pedidos direcionados à Coordenadoria de Comunicação, a reportagem também tentou falar, nos últimos quatro dias, com o superintendente do Daerp, Joa-quim Ignácio da Costa Neto, mas ele não foi localizado.

Costa Neto está em férias. A portaria que concedeu o período de descanso ao superintendente tem data de 13 de setembro, mas com efeitos retroativos ao dia 11.

A data é a mesma em que foi assinado o contrato de alienação dos imóveis entre a prefeita Dárcy Vera (PSD) e Marcelo Santos Galli, substituto de Costa Neto no órgão.

O início das negociações para compra dos imóveis, no entanto, partiu de iniciativa do próprio Costa Neto.

Documentos aos quais a Folha teve acesso mostram que, em 24 de julho, o superintendente enviou ofício a Dárcy no qual demonstrava interesse da autarquia pela compra dos imóveis.

O motivo, ele escreveu, era o cumprimento à legislação de contabilidade, pois, como as áreas são usadas pelo Daerp, precisam constar no balanço patrimonial do órgão.