Ribeirão Preto, Domingo, 1 de novembro de 1998

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Para filhos, pai é o 'chefe'

da Reportagem Local

A mãe, professora, tem um salário superior ao do pai, trabalha a tarde toda, toma decisões e participa do dia-a-dia dos filhos.
Mesmo assim, Amanda Bush Rigo Neves Bezerra, 13, e seu irmão, Day, 11, vêem a mãe como o ser sensível, carinhoso, cujo papel é o de cuidar da casa. A figura do "chefe" -que trabalha muito, dá duro para trazer dinheiro à família e garantir o futuro dos filhos- ainda é representada pelo pai.
Amanda e Day sentem falta do pai no cotidiano. Ele sai às 7h e só volta às 23h. É laboratorista em uma escola e faz faculdade de direito à noite.
Por isso, dizem os filhos, ele faz questão de passar todos os fins-de-semana "grudado" à família para recuperar todos os acontecimentos da semana. "Num fim-de-semana, disse ao meu pai que, nos próximos dias, eu ia representar Monteiro Lobato numa peça da escola. Passou a semana e só no outro fim-de-semana ele veio e me perguntou: e aí? representou? Mas isso não significa que temos um pai ausente. Pelo contrário", diz.
Amanda sente o mesmo, diz que o pai é divertido, leva para passear e é menos preocupado que a mãe. Mas demonstra a admiração que tem pela mãe "biônica". "Ela está sempre por dentro do que acontece, nos ensina no dia-a-dia, cobra nossas responsabilidades, trabalha e paga muitas contas." (PL)


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