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Para filhos, pai é o 'chefe'
da Reportagem Local
A mãe, professora, tem um salário superior ao do pai, trabalha a
tarde toda, toma decisões e participa do dia-a-dia dos filhos.
Mesmo assim, Amanda Bush Rigo Neves Bezerra, 13, e seu irmão,
Day, 11, vêem a mãe como o ser
sensível, carinhoso, cujo papel é o
de cuidar da casa. A figura do "chefe" -que trabalha muito, dá duro
para trazer dinheiro à família e garantir o futuro dos filhos- ainda é
representada pelo pai.
Amanda e Day sentem falta do
pai no cotidiano. Ele sai às 7h e só
volta às 23h. É laboratorista em
uma escola e faz faculdade de direito à noite.
Por isso, dizem os filhos, ele faz
questão de passar todos os fins-de-semana "grudado" à família para
recuperar todos os acontecimentos da semana. "Num fim-de-semana, disse ao meu pai que, nos
próximos dias, eu ia representar
Monteiro Lobato numa peça da escola. Passou a semana e só no outro fim-de-semana ele veio e me
perguntou: e aí? representou? Mas
isso não significa que temos um
pai ausente. Pelo contrário", diz.
Amanda sente o mesmo, diz que
o pai é divertido, leva para passear
e é menos preocupado que a mãe.
Mas demonstra a admiração que
tem pela mãe "biônica". "Ela está
sempre por dentro do que acontece, nos ensina no dia-a-dia, cobra
nossas responsabilidades, trabalha
e paga muitas contas."
(PL)
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