COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

Os problemas com as exportações de calçados para a Venezuela devem se agravar nos próximos meses, segundo um importador de calçados daquele país que não quis ter seu nome revelado.
Ele diz que as dificuldades impostas pelo governo se concentram no Ministério para as Indústrias Leves e Comércio (Milco) e no Banco Central.
Dos importadores, o ministério exige, diz, que sejam cadastrados e justifiquem as razões da importação. São definidas, então, cotas para os produtos e só assim o importador é autorizado a negociar.
No Banco Central, "as portas estão fechadas há dois meses", diz. Segundo o venezuelano, está parada a emissão de Autorizações para Aquisições de Divisas (AAD's), mecanismo que o importador usa para avisar ao governo quantos dólares precisa para pagar sua compra. Ele se diz traído. "O banco deu autorização para comprar, mas não para pagar."
Com 12 contêineres parados no porto de Santos, o importador diz que a situação deve ficar pior.


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