Eles temem que a nova data fique próxima da prova dos principais vestibulares

Exame deverá acontecer só em novembro; provas da primeira fase da Unesp e Fuvest estão marcadas para 8 e 22 de novembro

Hans von Manteuffel/Agência O Globo

Estudantes de colégios particulares protestam em Recife contra o cancelamento da prova do Enem; exame começaria amanhã

JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO

O cancelamento da prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que aconteceria neste final de semana, gerou preocupação de estudantes de cursinhos de Ribeirão Preto sobre os próximos vestibulares, a partir de novembro.
Aproximadamente 10 mil alunos fariam a prova em 20 escolas cadastradas em Ribeirão. Além de prejudicar quem tinha viagem marcada, até para outros Estados, o cancelamento deixou os estudantes temerosos de que a nova data do Enem fique muito próxima da data dos principais vestibulares. A primeira fase da Unesp (Universidade Estadual Paulista) ocorre no dia 8 de novembro.
Dois domingos depois, no dia 22, está agendada a primeira fase da Fuvest, que seleciona candidatos para instituições como a USP (Universidade de São Paulo). Polo de cursinhos para vestibular, Ribeirão atrai muitos estudantes de fora.
Alguns escolheram fazer o Enem em suas cidades natais para aproveitar a viagem e ver a família. É o caso do aluno do COC Guilherme Tubertini Reis Pereira, 19. Ele faria a prova em Belo Horizonte (MG), sua cidade de origem, e já havia comprado as passagens aéreas de ida e volta. "Agora terei de cancelar a viagem e tentar remarcar.
Mas, o pior é que eu queria fazer a prova, já havia preparado o espírito", disse Pereira. O COC, que daria folga aos alunos na próxima segunda por causa do Enem, recuou e manteve as aulas, segundo os estudantes -procurada, a direção da escola se recusou a dar qualquer informação, até mesmo seu número de alunos.
Aluna do Objetivo, Gabriela Gonçalves, 18, disse temer que o cancelamento do Enem provoque uma sequência de provas no final do ano. No Colégio Anglo, de Ribeirão, a maioria dos 185alunos do cursinho e do 3º ano do ensino médio iria prestar o Enem. "No geral, foi uma frustração, porque já vínhamos preparando os alunos para a nova prova deste ano", disse o professor Luís Henrique Crivelenti.
No Colégio Einstein, foram prejudicados 190 alunos. "A maioria dos alunos está bem tensa, com a possibilidade de o Enem agora coincidir com outros vestibulares", disse a assessora de coordenação pedagógica Cristhianna Collares.


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