Ribeirão Preto, Quinta-feira, 03 de Dezembro de 2009

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Ribeirão quer bloquear celular em prisão

Estado pretende lançar um edital para contratar serviço de bloqueio de sinal nas unidades do Estado

DA FOLHA RIBEIRÃO

O Ministério Público Estadual em Ribeirão Preto marcou uma audiência pública para o próximo dia 21 com operadoras de telefonia celular e o Estado para implantar juntos um projeto piloto de bloquear o sinal de celular dentro de presídios da região.
A ação faz parte de inquérito civil aberto no ano passado pelo promotor da Cidadania, Sebastião Sérgio da Silveira. Ele apura a suspeita de que crimes graves ocorridos em Ribeirão possam ter sido organizados dentro das penitenciárias, por meio de celulares.
Anteontem, advogados de duas empresas de telefonia celular -Vivo e TIM- atenderam a solicitação da Promotoria para uma reunião.
Segundo o promotor, a ideia inicial do inquérito era simplesmente interromper o sinal em áreas próximas aos presídios, mas a medida prejudicaria a comunicação de vizinhos.
A opção estudada agora é instalar bloqueador dentro dos presídios, que emitem um ruído e prejudicam as ligações. O alcance é regulado pelo próprio aparelho. "Temos tido assalto a bancos, homicídios, crimes graves que são organizados de dentro dos presídios", disse.
Em 2003, a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) chegou a instalar bloqueadores nos presídios, mas eles se tornaram obsoletos devido ao avanço tecnológico.
A secretaria informou que tem feito diversos testes com bloqueadores e que deve lançar em breve um edital que visa contratar uma empresa para serviços de bloqueio de celular. A SAP disse que coíbe a entrada de celulares -em 2008, apreendeu 7.723 no Estado.
Os crimes com envolvimento de presos via celular estão relacionados principalmente ao tráfico de drogas, segundo o delegado titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), José Gonçalves Neto.
Ele citou ainda um caso de uma quadrilha que furtava camionetes, presa no ano passado, que tinha o envolvimento de um detento de Ribeirão.
Em nota, a Vivo informou que prestou os devidos esclarecimentos na reunião e que aguarda nova convocação de encontro. Já a TIM disse que está analisando o pedido da Promotoria e "se pronunciará oportunamente." (JULIANA COISSI e VERIDIANA RIBEIRO)


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