Ribeirão Preto, Sexta-feira, 03 de Dezembro de 2010

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Agrônomo diz que lei impede intervenção

DE RIBEIRÃO PRETO

Para o engenheiro agrônomo Marcelo Alves Martirani, a interferência no cerrado para a construção de um corredor urbano na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) pode trazer danos à biodiversidade do local.
"Com essa fragmentação, é bem provável que o cerrado possa ser prejudicado pela degradação que uma ocupação gera. Além disso, há o risco de extinção de algumas espécies de animais."
Ainda segundo Martirani, a Lei do Cerrado, aprovada no ano passado no Estado de São Paulo, estipula que não pode haver intervenção humana em áreas com cerrado em estágio médio e avançado de recuperação.
"Pelo que tenho conhecimento, a área em questão está nessas condições e não poderia sofrer intervenções de nenhum tipo, mesmo que não seja em sua totalidade."
De acordo com o estudante de doutorado em ecologia pela UFSCar Pavel Dodonov além da questão ambiental, a intervenção no cerrado com o corredor urbano deve ser pensada também pelo lado educacional.
"Esse cerrado também é utilizado pelos alunos para pesquisa, ensino e extensão, que são as três principais vertentes da universidade."
Dodonov afirma que existem outras opções que possibilitem a expansão do campus sem que esses critérios sejam afetados.
"Acredito que a construção de um segundo campus, com toda a infraestrutura necessária, possa ser uma solução melhor do que essa."


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