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ESTRADAS
Dos 35 equipamentos necessários para uma fiscalização ideal, corporação da região tem apenas três aparelhos
Polícia tem um radar para cada 1.000 km
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Polícia Rodoviária da região
possui apenas três radares móveis
-modelo convencional- para
fiscalizar os veículos em 3.100 quilômetros de rodovia.
Segundo a polícia, o número de
aparelhos disponíveis (três) representa menos de 10% dos 35
equipamentos, entre fixos e móveis, necessários para realizar
uma fiscalização ideal.
Além da ausência de aparelhos,
os modelos já estão ultrapassados
tecnicamente e deveriam ter sido
recolhidos no final de 2000, mas
uma resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) prorrogou -pela segunda vez- o
prazo por 12 meses.
Mesmo assim, a eficiência é
contestada por técnicos e as multas podem ser canceladas caso os
motoristas entrem com recurso.
"Só não ganha o recurso quem
não entra com ele", disse José de
Almeida Sobrinho, professor de
direito de trânsito da Unicamp
(Universidade Estadual de Campinas). A própria polícia admite
que o radar utilizado pode apresentar erros, já que a velocidade é
medida por ondas eletromagnéticas e o campo de verificação não é
definido devidamente.
O modelo apontado como o
ideal verifica a velocidade por
meio de sensores a laser e é isento
de falhas porque focaliza apenas o
carro para onde o aparelho está
sendo apontado. Segundo a polícia, esse modelo deve ser indicado
para futuras aquisições.
O radar fixo, que já deveria ter
sido implantado na região, é considerado eficaz porque fotografa o
veículo e registra os dados da infração. Segundo o contrato de
concessão para a exploração das
rodovias, as concessionárias são
responsáveis pelo fornecimento
de parte desses equipamentos.
As concessionárias afirmam
que estão aguardando um resultado dos testes dos primeiros
equipamentos para poder adquirir o restante.
A polícia divide a região em
duas áreas: Ribeirão -com 44
municípios e 1.400 quilômetros
de estradas- e Araraquara
-com 42 cidades e mais 1.700
quilômetros. O comandante interino de Araraquara, José Alves
Bonfim, disse que a falta de equipamentos é suprida por policiais
nos pontos mais críticos. "A presença inibe a infração."
Na região de Araraquara, existe
apenas um radar móvel convencional. Para a polícia, deveriam
ser pelo menos 15. O tenente José
Wilson da Silva, 33, comandante
interino do policiamento de Ribeirão, disse que em sua área há
apenas dois equipamentos, 18 a
menos do que o necessário. "Recebemos três radares eletrônicos,
mas foram recolhidos."
(ROGÉRIO PAGNAN)
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