Ribeirão Preto, Domingo, 04 de Fevereiro de 2001

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ESTRADAS

Dos 35 equipamentos necessários para uma fiscalização ideal, corporação da região tem apenas três aparelhos

Polícia tem um radar para cada 1.000 km

DA FOLHA RIBEIRÃO

A Polícia Rodoviária da região possui apenas três radares móveis -modelo convencional- para fiscalizar os veículos em 3.100 quilômetros de rodovia.
Segundo a polícia, o número de aparelhos disponíveis (três) representa menos de 10% dos 35 equipamentos, entre fixos e móveis, necessários para realizar uma fiscalização ideal.
Além da ausência de aparelhos, os modelos já estão ultrapassados tecnicamente e deveriam ter sido recolhidos no final de 2000, mas uma resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) prorrogou -pela segunda vez- o prazo por 12 meses.
Mesmo assim, a eficiência é contestada por técnicos e as multas podem ser canceladas caso os motoristas entrem com recurso. "Só não ganha o recurso quem não entra com ele", disse José de Almeida Sobrinho, professor de direito de trânsito da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). A própria polícia admite que o radar utilizado pode apresentar erros, já que a velocidade é medida por ondas eletromagnéticas e o campo de verificação não é definido devidamente.
O modelo apontado como o ideal verifica a velocidade por meio de sensores a laser e é isento de falhas porque focaliza apenas o carro para onde o aparelho está sendo apontado. Segundo a polícia, esse modelo deve ser indicado para futuras aquisições.
O radar fixo, que já deveria ter sido implantado na região, é considerado eficaz porque fotografa o veículo e registra os dados da infração. Segundo o contrato de concessão para a exploração das rodovias, as concessionárias são responsáveis pelo fornecimento de parte desses equipamentos.
As concessionárias afirmam que estão aguardando um resultado dos testes dos primeiros equipamentos para poder adquirir o restante.
A polícia divide a região em duas áreas: Ribeirão -com 44 municípios e 1.400 quilômetros de estradas- e Araraquara -com 42 cidades e mais 1.700 quilômetros. O comandante interino de Araraquara, José Alves Bonfim, disse que a falta de equipamentos é suprida por policiais nos pontos mais críticos. "A presença inibe a infração."
Na região de Araraquara, existe apenas um radar móvel convencional. Para a polícia, deveriam ser pelo menos 15. O tenente José Wilson da Silva, 33, comandante interino do policiamento de Ribeirão, disse que em sua área há apenas dois equipamentos, 18 a menos do que o necessário. "Recebemos três radares eletrônicos, mas foram recolhidos." (ROGÉRIO PAGNAN)


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