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Penitenciárias devem continuar com revistas
DA FOLHA RIBEIRÃO
O direção da Penitenciária de
Ribeirão Preto estuda a realização
de novas revistas na unidade nos
próximos dias para averiguar se
há algum equipamento ilícito nas
celas.
Após a megarrebelião de fevereiro, a unidade chegou a passar
por uma revista, mas nada foi encontrado -nem mesmo estiletes,
tão comumente achados nas revistas em outras unidades. "Eu
não posso dizer que não tenha,
mas apenas que não foi encontrado", disse o diretor geral da penitenciária de Ribeirão, Silvio Maria
Machado Júnior, após o resultado
da revista.
Machado Júnior afirma que nas
próximas revistas vai continuar
não usando policiais militares para realizar as buscas. "A Polícia
Militar é responsável pela segurança externa", disse.
O diretor disse ainda que não
poderia divulgar a data da operação por questão de segurança. "Se
eu disser o dia que vai ser, aí que
eu não acho nada."
As revistas na unidade são realizadas constantemente, segundo o
diretor Machado Júnior.
Em Araraquara, a direção da
penitenciária não divulgou a realização de novas revistas, apesar
de admitir a presença de telefones
celulares em poder dos detentos.
Durante os três dias de revistas
no interior das celas, foram
aprendidos estiletes e um celular.
Os agentes da unidade mantidos reféns durante a megarrebelião, em fevereiro passado, afirmaram ter visto a presença de pelo menos 20 aparelhos e armas.
O comandante da polícia de
Araraquara, tenente-coronel Nicolau Waldemar Lambort, criticou a forma como a revista foi
realizada pela direção. "Os presos
ficaram acompanhando a revista
ao lado do agente e isso pode ter
os intimidado."
Ainda segundo o comandante,
a realização da revista foi discutida entre o diretor Jorge Bento de
Camargo e os líderes do presos rebelados. Camargo não foi encontrado para fazer comentários.
O sindicato dos agentes afirmou
que a presença do preso durante a
revista é importante para evitar
algum tipo de acusação por parte
dos detentos.
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